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A Harmonia do Natal

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O Natal começou a ser celebrado para comemorar o nascimento de Jesus. Todos sabemos que o dia 25 de Dezembro não foi a data exacta deste acontecimento e que muitos dos ritos que fazemos ano após ano têm pouco que ver com este sentido do Natal, como a corrida ao centro comercial para comprar presentes e mais presentes. Este ano ficámos ainda a saber que o burro e a vaca podem não ter estado no presépio. Tradições e histórias à parte, há uma característica única nesta época, especialmente no dia da consoada: sermos nós próprios em harmonia com o outro.  Quem me conhece sabe que sou uma amante do Natal. Gosto desta altura do ano, muito mais do que o calor do Verão ou das mesas recheadas da Páscoa. As luzes que iluminam as ruas e as casas, o frio que nos faz andar cheios de roupa até às orelhas, o calor que sentimos quando entramos em casa... O calor da lareira que se torna ainda mais forte por à sua volta estar reunidas as pessoas que fazem parte daquilo que somos. Que farão sempre p

O Sentido de Família

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Às vezes tenho uma certa dificuldade em perceber o que é que significa a palavra família. No sentido etimológico, família advém do latim: " os escravos e servidores que vivem sob o mesmo tecto, as pessoas de uma casa " (http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=fam%C3%ADlia). No dicionário pode também ler-se o seguinte significado: " Conjunto de todos os parentes de uma pessoa, e, principalmente, dos que moram com ela ".  (http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?al=fam%C3%ADlia). Ambas as definições continuam em vigor, até a primeira, mesmo nos parecendo estranho. Vamos começar pela definição do dicionário. Designamos, frequentemente e normalmente, a família, como aqueles que vivem connosco  mas também o conjunto de pessoas com as quais temos "laços de sangue" (tios, primos, avós, irmãos, pais).  No entanto, existem, ainda, famílias que preservam o significado etimológico da palavra: são escravos que vivem no mesmo espaço. Escravos do te

O Engano do Acto de Culpar

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Bate de chapa na nossa cara. Não fomos dotados. A culpa não é de ninguém. Nem é de nós próprios. Simplesmente, mão fomos moldados para isso. Por mais que tentemos... Mas o Ser Humano é curioso.  Quando nos damos conta de que não fomos dotados para alguma coisa, a primeira tentação é culpar alguém: "A culpa de isto me estar a acontecer é de fulano tal " ou " fulano tal está a tramar-me! Ele é um sacana!". Conseguimos culpar esse "fulano tal" vezes sem conta. Falando claramente do contexto profissional, pode acontecer que, por coincidência, estejamos rodeados por pessoas que não sejam de confiança, complicadas e desonestas. No entanto, como não fomos dotados para tal função, quando essas pessoas deixam de afectar o nosso trabalho, essa falta de talento persiste. No início, podemos não dar conta, mas a verdade, é que isso acontece. Talvez por nos sentirmos mais livres, por sentirmos que não estamos sobre tanta pressão, olhamos para o nosso

Exigências

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Há vários tipos de exigências. Há aquelas às quais não conseguimos fugir. Porque elas estão lá, criadas pela nossa profissão, por exemplo, à espera que nós as consigamos cumprir. Se não conseguirmos dar conta do recado há consequências. No caso do trabalho, podemos ser ultrapassamos e simplesmente dispensados. Se formos os nossos próprios patrões o mais provável é vermos o nosso negócio a desaparecer, porque não fomos capazes de responder às exigências de mercado, da economia, enfim... de tantas outras matérias. Depois há aquelas exigências que nos dão um certo gozo. Elas estão lá, a clamar pela nossa atenção e, por vezes, tornam-se em vozes a gritar por nós. Mas nós gostamos daquilo. Gostamos de sentir o desafio e isso faz com que nos desafiemos a nós próprios para conseguir corresponder a essas exigências. Esforça-mo- nos, gastamos horas focados nelas, construímos artimanhas para lá chegar, porque o nosso objectivo é, precisamente, responder a essas exigências e, quem sabe, serm

A Coragem de Miguel e Maria

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Por vezes é nas conversas à mesa onde se contam histórias. Histórias antigas que nos fazem cair na realidade, ou, por outro lado, simplesmente, sonhar...  Portugal, Anos 60 - Eles não te vão perdoar. Nós é que temos de parar com isto. Cada um vai para o seu lado e acabou. - Tem calma. Eu não quero saber daquilo que vai acontecer. Nós podemos fazer a nossa vida sem dar contas a ninguém! - Mas eles são a tua família. Quem sou eu? Diz-me quem sou eu?! Onde é que isso já se viu: a empregada casar com o médico da família! Nós estamos loucos. Estamos loucos...  Maria andava de um lado para o outro, como se precisasse de se mover para se fazer entender melhor. Mas aquilo que Miguel percebia é que, tal como ele, Maria estava petrificada com a ideia de se casar e enfrentar a sua família endinheirada e de prestígio. Ele percebia e partilhava consigo o medo. Esse sentimento que os fez prender os movimentos nos últimos meses.  Mas Miguel já não aguentava fugir. Andar às escondi

Cyrano de Bergerac, por onde andas?

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"Pois moralmente é que eu cá tenho os meus requintes. No atavio não sou um franzidinho airoso, e mais cuidado ando, ao ser menos vaidoso; não sairia com, por certa negligência, afrontas por lavar, e ainda a consciência amarela de sono ao canto de seu olho, e a honra amarrotada e escrúpulos de molho. Ando sem nada em mim a transluzir beleza, independência só, por plumas, e fraqueza; não é pela estatura a meu favor que brilho, é pela alma erecta e como em espartilho; como fitas enlaço os meus feitos e pode meu espírito alçar-se tal como um bigode; e faço, a atravessar os grupos e as rodas, como esporas soar minhas verdade todas. (...) Luvas não tenho... ora que grande azar! Restava-me uma só... e era de um velho par! A qual de resto, a mim, só me fazia dano: e por isso a deixei na cara de um fulano."     (Rostand, Edmond,  Cyrano de Bergerac , Lisboa, 2007, Bertrand) Escolhi este trecho como podia ter escolhido tantos outros. Cyran

Como se lida com a morte?

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A morte é sempre complicada. É um acontecimento ao qual nunca aprendi a reagir (penso que poucos o sabem fazer).  É sempre desconfortável. Uma pessoa nunca sabe como se deve comportar ou o que dizer. E tudo ainda se torna mais complexo dependendo da importância de quem morre. Daquilo que significa para cada um de nós. Penso que esse é o factor determinante para aquilo que fazemos a seguir ao conhecimento dessa notícia. Nunca aprendi a lidar com esta sensação. Sinceramente, também não sei se isso é algo que se "aprende"... Se quem morre é alguém muito próximo de nós , a dor da perda é inexplicável . A reacção imediata é o choro. Eu até acho que não pensamos em nada em concreto. As memórias vêm depois... Vêm com a saudade. Sentimos a falta dessa pessoa só com o passar do tempo. Aquilo que sentimos no momento em que ouvimos "o tal morreu" é como se nos dessem um murro no coração e nos partissem a cabeça ao meio. Mas sentir o vazio que se apodera de nós, pa

Cuidado... Leram-me a Sina!

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Num jardim, a meio de um trabalho oiço alguém chamar-me. É certo que não foi o meu nome que soou por ali, mas quando ouvi "você, você", não consegui deixar de olhar. E, a verdade, é que parecia mesmo ser para mim. O senhor que me chamava tinha já uma certa idade e estava rodeado de mulheres, que olhavam para ele com muita atenção. Apesar de não ser muito destas coisas, acedi a falar com ele. Inesperadamente apenas me diz: - Deixe-me ver a sua mão. Eu leio a sina! Esta era a última coisa que julgava ouvir naquele momento. Fiquei meia surpresa. Não acredito muito nestas coisas, porém, com a minha boa disposição, aceitei o seu pedido e disse-lhe para "ler a minha mão".  Muitas coisas disse de forma meio atabalhoada e algumas vezes repetitiva. No entanto, a primeira frase que saiu da sua boca, eu não me consigo esquecer. Podia falar sobre quantos anos de vida vou ter, se vou passar muitas dificuldades ou se vou ganhar o Euromilhões. Mas não. De forma bastante

Infantilidades nas Manifestações

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Eu penso que todos têm o direito em manifestar-se. Desde que tenham consciência para o fazer. Muito se tem falado das manifestações que têm acontecido no nosso país. Sim. Vivemos numa democracia e, aparentemente, os portugueses decidiram erguer a sua voz e protestar contra as dificuldades do dia-a-dias e contra as políticas do governo. Pessoas que nunca se tinham manifestado decidiram sair às ruas e mostrar o seus descontentamento. Pessoas de diferentes origens, de diferentes estratos sociais e com diferentes razões para se manifestar. No entanto, por mais que essas razões sejam válidas, porque raio levar as crianças para estas manifestações, com cartazes a dizer coisas do género: "Estão a roubar-me o futuro" ou então "não tirem aos meus pais aquilo que têm para me dar"?! E depois é muito curioso ver como as televisões adoram isto. "Ah. tão giro,que imagem tão linda... Uma criança, o nosso futuro a manifestar-se, a ser solidário com os pais". Com

Revolta Muda

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Todo o dia com barulho. Dentro do escritório, no prédio, na rua.  Mas, o pior é passar o dia do trabalho. São muitas vozes, muitas responsabilidades e injustiças sucessivas. As pessoas demonstram todos os dias que é impossível confiar seja em quem for.  As horas parecem dias. O tempo está parado e não se consegue avançar. A ameaça iminente de que o meu dia a dia se vai tornar num pesadelo deixa-me exausta. Sei bem que sofrer por antecipação é dos piores erros que se pode cometer. Aquilo que tememos vai acontecer mais cedo ou mais tarde, por isso, quanto menos pensarmos nisso melhor será. Houve uma altura em que consegui fazê-lo. Mas a evidência de que a personificação da hipocrisia, da mentira, da cobardia e da malvadez vai voltar a mandar em mim deixa-me completamente desnorteada. E, depois, parece que tudo corre mal. Tudo. A minha relação com o trabalho, com os outros e comigo própria. Tento todos os dias para que não seja assim. De manhã assim que acordo, ligo o rádio. Qu

Privação do Sono

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Horas sem dormir. Os olhos abertos, ouvidos atentos. Como única paisagem o tecto em branco. Parece que estou a ouvir alguém lá fora. Quem está na rua a esta hora? Sou eu?  Ou serão eles? Eles estão à minha espera para que eu saia e, enfim, me possam levar.  "Venham" Venham!" Remexo. Esbracejo. Não quero sair. Não quero que me levem. Começo a dar pontapés no vazio.  "Demónios, saiam! Fiquem a arder no inferno!!!" Grito, desespero. Eles já não estão lá fora, mas acabaram de entrar em minha casa. Fecho os olhos com força... Eu não quero ir. Não quero ir. Quero ficar. Agarro-me com força à minha cama. Antes que as suas mãos me puxem. Eu vou resistir. Eu não vou deixar que me levem. NÃO! Estou a começar a ouvi-los. Quero fugir. Quero saltar, quero correr e desaparecer. O medo consome-me. De tal maneira que não consigo sair da cama. Estou presa a ela. Não consigo.... Os músculos estão presos e não obedecem ao meu cérebro. Estou presa dent

Encarar a Verdade e Lidar com Ela

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É difícil sermos rejeitados. Principalmente, quando percebemos que há outras pessoas que assumem uma maior importância para alguém de quem gostamos. Não no sentido de ciúmes, mas sim de rejeição. Levamos a nossa vida porque temos um grande amigo. Fazemos tudo por ele e há alturas em que sentimos que também ele faz tudo por nós. Quando, por alguma razão, damos a entender que terá de escolher entre nós e alguém que julgamos pior que lixo e esse nosso amigo aceita ficar com esse lixo, sem apresentar nenhum argumento contra, isso magoa. Ou melhor, deixa-nos tristes. A mim deixa-me simplesmente muito triste. Não é desilusão, é mesmo tristeza. Hoje posso dizer, com toda a certeza, que estou triste.  Gosto demasiado da pessoa para ficar zangada com ela. Não estou e, do fundo do coração, apenas desejo que seja feliz. Mas perceber, finalmente, que não assumo a importância, que julgava adquirida, na vida dessa pessoa, deixa-me triste.  Com lágrimas nos olhos. Mas aí sou forte. Perante

Somos aquilo que Recebemos dos Outros

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Era já de noite quando saía do teatro. Pôs o chapéu na cabeça, aconchegou o casaco ao corpo e seguiu em frente, na rua que dava para um dos miradouros onde mais gostava de ir, principalmente depois de mais um dia de trabalho. Sentou-se num dos bancos livres e olhou para o rio. Encostou o seu braço ao banco e, com a sua mão, apoiou a cabeça.  "Somos aquilo que recebemos dos outros", pensou Eduardo. Era verdade. Desde muito cedo que mostrou que queria ser diferente daquilo que os outros esperavam de si. Queria fazer as suas próprias regras, tomar as suas decisões e criar o seu próprio futuro. Toda a sua família pertencia a um elevado estrato social com profissões de respeito: professores universitários, médicos e juízes. Foi-lhe imposto, desde criança, que também ele tinha de ser uma dessas pessoas. Teve uma educação rígida e horários bem definidos. Era na escola onde se sentia melhor: aí podia estar com outras pessoas e com os seus amigos, mas sempre tendo em conta quem e

O Significado de Férias

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" Interrupção relativamente longa de trabalho, destinada ao descanso dos trabalhadores " Este é um dos significados que o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa ( http://www.priberam.pt/dlpo/ ) dá à palavra férias . Sim. Essa bela palavra que ganha ainda mais importância, quando já não estamos a usufruir desse descanso prolongado. Essa interrupção pode ser, por exemplo, de três semanas. Três semanas em que nos fechamos ao quotidiano, à rotina da nossa vivência e temos tempo para fazer aquilo que nos dá na real gana.  Como é bom! Não há horários, não vemos sistematicamente as mesmas pessoas, não comunicamos com quem não queremos e encerramos o nosso posto de hipocrisia, ao qual, frequentemente, somos obrigados a ir, principalmente no trabalho.  Como é bom!  Senti-mo-nos livres. Dizemos o que queremos, a quem queremos, do modo que queremos. Não falamos, quando não temos nada para dizer. Até podemos desligar o telemóvel e deixar de ir à Internet.  Como é bom!

O Diário Escondido

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Há momentos em que as coisas nos vêm ter às mãos sem estarmos à espera. Ouvimos histórias que nos fazem rir, outras chorar, mas as que mais me prendem a atenção são aquelas que nos fazem pensar. O que escrevo a seguir pode ser ficção ou realidade. Isso deixo ao vosso critério, mas pensei que devia partilhar. "O móvel do quarto dos meus pais tem de ser novamente arrumado. Eles já não estão cá e é a altura mais do que exacta para esvaziá-lo. Vasculho alguns vestígios da minha família que possam ficar guardados, na tentativa de proteger e de imortalizar alguns objectos que permaneçam como algo que faça parte da minha família. Ou seja, algum legado para mim e para aqueles que estão para vir. Continuo a procurar e numa caixa velha encontro um pequeno caderno, com uma capa de pele castanha, cheio de pó e com as folhas amarelas. Um diário? Parece que sim. Abro e rapidamente percebo que são vários escritos da minha mãe. Pelas datas depreendo que foram escritos na sua juventude. Há um

Momentos que Não se Perdem

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É raro o quarto que não está desarrumado. Tudo fora do sítio: as roupas espalhadas, a mala no chão, papéis amontoados... Mas existem certas coisas que permanecem no mesmo local, desde a primeira vez que aí foram colocadas. Certos objectos pelos quais passamos todos os dias e para os quais nem olhamos. O engraçado é que continuamos a saber que eles estão lá e sempre que quisermos vê-los, eles estão no mesmo sítio. Todos os dias, passo por esses mesmos objectos. Como exemplo, a moldura pendurada na parede do meu quarto. Levo meses sem lhe prestar qualquer atenção. Os dias passam; os acontecimentos, uns importantes outros nem por isso, são muitos; as nossas atitudes mantêm-se, outras mudam; uns amigos permanecem, outros partem. O tempo passa. Tão depressa que nem damos conta. Por isso a metáfora da "areia que escorre pelos dedos" é tão correcta: o tempo é mesmo isso. Passa pelas nossas mãos, sem nos apercebermos da sua real importância e da quantidade de coisas boas que nos

O Engano Provocado - Tentativa de Continuação

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Era sábado e, finalmente, tinha chegado o fim de semana para estar com a filha. Como ele gostava de estar com ela. Mesmo assim,  acabou por chegar atrasado. Tinha perdido a noção do tempo. Ao menos ser director de um teatro, encenador e actor permitiu-lhe esquecer. Esquecer o que fez e a rapidez com que se pode destruir aquilo que dava como garantido. Era preciso voltar a aprender a viver. E ele estava a começar a fazê-lo.  Acabou por chegar a casa de Maria, quando começava a anoitecer. A porta do prédio estava aberta e, quase a correr, subiu as escadas até ao terceiro andar. Tocou à campainha e, em si, estava um misto de sentimentos: medo, excitação, expectativa e aflição. Ficava sempre assim cada vez que ia buscar a pequena filha de cinco anos. Durante o ano que passara, estas eram as únicas oportunidades que tinha para ver Maria, exceptuando nos trabalhos que fizera. Voltou a tocar à campainha. Encostou-se à ombreira da porta. Passou a mão pelo seu cabelo castanho-escuro, meio

A Nobreza do Acaso

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A vida é feita de pequenos acasos. É uma frase que todos nós já nos cansámos de ouvir. Mas essa é a verdade. E, por vezes, são esses simples acasos que nos fazem seguir em frente, na esperança de que esses momentos continuem a ser uma realidade. Porque só assim tudo nos parece fazer sentido.  Aquele momento inesperado, que nos faz sair da normalidade, por mais curto que ele seja, é ele que nos dá alento para olharmos em frente e encararmos tudo de modo diferente, nem que seja por uma hora. Até pode ser simples, mas remete-nos para sensações e experiências nunca antes provadas. Por mais escassos e passageiros que sejam esses momentos, rapidamente ficamos com um sorriso na cara, com a cabeça mais leve e tudo parece que vai ficar melhor. O mesmo acontece com encontros inesperados. Aqueles que nos fazem parar na rua e falar com uma pessoa por tempo indeterminado. É como "expulsar os demónios que nos consomem a mente e o espírito" e meia hora fosse suficiente para os de