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A mostrar mensagens de fevereiro, 2021

Transcendente - Acordei-te V

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- Porque é que me estás a olhar assim? Pergunta-me ele com o seu melhor ar de desajeitado. Meio ruborizado e com aquele sorriso nervoso que ele tenta sempre disfarçar. Meu Deus. Eu amo-o. Eu amo este homem de uma forma inigualável, única e distinta. É um sentimento maior do que eu e, talvez seja por isso, que não consigo dizer-lho. Dizer-lhe... Ainda não consigo dizer-lhe que o amo. Não sei se algum dia vou ser capaz... Com o medo de que assim que essas palavras, Eu amo-te, saiam da minha boca também este sentimento se desvaneça e tudo acabe. - Ei... O que foi? Agora ele está a rir-se, sentido-se já pouco confortável por eu não lhe responder e apenas o admirar. Sim. Como eu gosto de admirá-lo. Admirar todas as pequenas marcas que tem no pescoço, o pequeno sinal atrás da orelha, as leves rugas que se formam perto dos seus olhos, ou a sua barba indisciplinada. Penso que... Não, tenho a certeza! Tenho a certeza de que foi numa dessas vezes em que o admirei que percebi como o amava. - Nada

Estou à Espera

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Estamos sempre à espera. Estamos sempre à espera que algo de diferente aconteça nesta merda em que vivemos. Eu, pelo menos, espero isso. Não. Eu não espero isso. Eu anseio por isso. É muito diferente. Ou não será? Quer dizer o mesmo, mas o peso é diferente. Por isso, não tem o mesmo significado. Ou melhor, tem. Mas tem um outro sentido. Sim, tem um outro sentido. Assim é que é. Estou sempre à espera. Estou sempre à espera de que algo de bom aconteça. Já não quero nada de estonteante. Já só quero alguma coisa boa. Alguma coisa que me engane e me iluda para que possa continuar a viver. Para que possa continuar a viver esta vida mísera, Sem qualquer significado... Nem sentido. Como se vive uma vida sem significado e sem sentido? Não sei. Mas, estou à espera. Ai, como eu estou à espera de deixar de sentir, de deixar de querer, de deixar de pensar. Como anseio por esse antídoto que me vai fazer deixar de te sentir. Para que eu possa, finalmente, descansar. Imaginam sequer a falta que me faz