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A mostrar mensagens de novembro, 2012

O Engano do Acto de Culpar

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Bate de chapa na nossa cara. Não fomos dotados. A culpa não é de ninguém. Nem é de nós próprios. Simplesmente, mão fomos moldados para isso. Por mais que tentemos... Mas o Ser Humano é curioso.  Quando nos damos conta de que não fomos dotados para alguma coisa, a primeira tentação é culpar alguém: "A culpa de isto me estar a acontecer é de fulano tal " ou " fulano tal está a tramar-me! Ele é um sacana!". Conseguimos culpar esse "fulano tal" vezes sem conta. Falando claramente do contexto profissional, pode acontecer que, por coincidência, estejamos rodeados por pessoas que não sejam de confiança, complicadas e desonestas. No entanto, como não fomos dotados para tal função, quando essas pessoas deixam de afectar o nosso trabalho, essa falta de talento persiste. No início, podemos não dar conta, mas a verdade, é que isso acontece. Talvez por nos sentirmos mais livres, por sentirmos que não estamos sobre tanta pressão, olhamos para o nosso

Exigências

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Há vários tipos de exigências. Há aquelas às quais não conseguimos fugir. Porque elas estão lá, criadas pela nossa profissão, por exemplo, à espera que nós as consigamos cumprir. Se não conseguirmos dar conta do recado há consequências. No caso do trabalho, podemos ser ultrapassamos e simplesmente dispensados. Se formos os nossos próprios patrões o mais provável é vermos o nosso negócio a desaparecer, porque não fomos capazes de responder às exigências de mercado, da economia, enfim... de tantas outras matérias. Depois há aquelas exigências que nos dão um certo gozo. Elas estão lá, a clamar pela nossa atenção e, por vezes, tornam-se em vozes a gritar por nós. Mas nós gostamos daquilo. Gostamos de sentir o desafio e isso faz com que nos desafiemos a nós próprios para conseguir corresponder a essas exigências. Esforça-mo- nos, gastamos horas focados nelas, construímos artimanhas para lá chegar, porque o nosso objectivo é, precisamente, responder a essas exigências e, quem sabe, serm

A Coragem de Miguel e Maria

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Por vezes é nas conversas à mesa onde se contam histórias. Histórias antigas que nos fazem cair na realidade, ou, por outro lado, simplesmente, sonhar...  Portugal, Anos 60 - Eles não te vão perdoar. Nós é que temos de parar com isto. Cada um vai para o seu lado e acabou. - Tem calma. Eu não quero saber daquilo que vai acontecer. Nós podemos fazer a nossa vida sem dar contas a ninguém! - Mas eles são a tua família. Quem sou eu? Diz-me quem sou eu?! Onde é que isso já se viu: a empregada casar com o médico da família! Nós estamos loucos. Estamos loucos...  Maria andava de um lado para o outro, como se precisasse de se mover para se fazer entender melhor. Mas aquilo que Miguel percebia é que, tal como ele, Maria estava petrificada com a ideia de se casar e enfrentar a sua família endinheirada e de prestígio. Ele percebia e partilhava consigo o medo. Esse sentimento que os fez prender os movimentos nos últimos meses.  Mas Miguel já não aguentava fugir. Andar às escondi