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Tudo Foi Um Belo Sonho

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Foi tudo um belo sonho. Tal como quando o nosso inconsciente brinca com imagens díspares, sem sentido e, surpreendentemente, cria imagens e sequências que nos contam uma história. Com pessoas que conhecemos ou não. Com narrativas que fazem sentido ou não. Com coisas boas... Afinal, aprendi que os sonhos também acontecem na realidade. São acontecimentos que nos transportam para uma qualquer vida alternativa em que podemos ser quem queremos ser. Com quem queremos ser. A fazer o que queremos fazer. Sem barreiras nem pudor. Sempre gostei de sonhar, muito embora sempre tenha sonhado pouco. Falo do sonho do inconsciente. Sempre sonhei pouco, mas, quando sonhava, quase sempre acordava a sorrir. Fossem histórias estapafúrdias ou não, gostava que o meu inconsciente me levasse a viajar por outros caminhos, como se daquela forma, durante a noite, eu tivesse andado por um outro local qualquer. Eu também gostei de sonhar com a minha consciência bem alerta. Foi diferente. Foi tão diferente que, só a...

Quando me Visitas nos Meus Sonhos

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Hoje vi-te nos meus sonhos. Gosto de pensar que me vieste visitar nos meus sonhos. Será que também te visitei nos teus? Não sei. Às vezes, é apaziguador pensar que sim.  Eu via-te não nitidamente, sabes? Assim como se fosses real, conseguia mesmo decifrar todos os traços do teu rosto, sentir o teu cabelo nas minhas mãos, perder-me na profundeza do teu olhar. Quando te vi nos meus sonhos foi tão natural... Foi como se fosse a coisa mais normal do mundo, ter-te ali, à minha frente, poder admirar a tua postura e seguir todas as tuas expressões na esperança de me embalares em mais um dos teus sorrisos. Como foi bom que me tivesses vindo visitar. Normalmente, ninguém me visita nos meus sonhos. Normalmente, nem o meu inconsciente se digna a manifestar a sua presença. Não sonho. Ou, pelo menos, não me lembro do que sonho. Dizem que sonhamos sempre, mas que nem sempre nos lembramos. Penso que... Dou por mim a pensar se... Será que me mesmo não me lembrando eu costumo sonhar contigo? Será q...

Angustiante Reajuste à Realidade

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Os braços que me circundam provocam em mim um sentimento de segurança que nunca tive. Que sensação é esta de estar numa outra vida onde não há passado nem futuro? Só o presente. Que bela sensação libertadora, como se fosse eu. Ali. Verdadeiramente com aquele homem que me proporciona uma sensação de plenitude, à beira de um estonteante mar azul banhado pelo sol. De repente, os mesmo braços que me seguram, deitam-me para o chão. A força com que caio faz-me perder os sentidos. Já não sei onde estou. O mar já não está lá, muito menos o sol. É tudo escuro, o chão é feito de uma pedra que nunca antes tinha visto. Uma pedra pontiaguda, que me fere as costas.  O que se passou de um momento para o outro? As mesmas mãos que há pouco me seguravam, arrancam de mim tudo aquilo que eu tenho. Grito desesperadamente. Porque é que essas mesmas mãos esfolam a minha pele? Porque me arrancam impiedosamente o meu coração? A dor que sinto é incontrolável, mas mesmo assim, não morro. E tudo...

Dá-me um Beijo

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Dá-me um beijo.  Dá-me um beijo quente, que me envolva naquilo que tu és, nas tuas mãos que me percorrem corpo, como se soubessem exactamente por onde têm de ir, onde têm de passar, onde têm de ficar. Dá-me um beijo como se quisesses apagar a minha memória. Como se quisesses apagar aquilo que fui, aquilo que sou, aquilo que serei. Dá-me um beijo que me faça sair de mim, como se não fosse eu... Que me fizesse esquecer onde estive, onde estou e onde estarei. Dá-me um beijo que me faça sentir viva. Tal e qual como aquele que trocámos entre as nossas sombras, como se fôssemos um só. Como se nada mais houvesse entre nós naquele milionésimo de segundo. Dá-me um beijo que me devolva aquilo que é viver. Aquilo que é viver em permanente sobressalto onde a nossa pele é sempre superior à nossa cabeça e ao nosso coração. Que me devolva aquilo que é viver intensa e plenamente sem barreiras, sem valores e sem princípios. Dá-me um beijo que me faça sentir livre, onde não ha...

A Imaginação Interrompida pela Realidade

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Caminho sob o sol quente, que me trespassa a pele. Penso que nunca mais chego ao meu destino. Tudo é tão triste e tão cansativo que eu sei que já desisti de ser alguma coisa. Apenas pretendo sobreviver o mais confortavelmente que conseguir. Já não tenho vontade de acelerar o passo, seja para o que for. Nada é assim tão importante que me faça correr - por isso, caminho ao meu ritmo, com a certeza de que vou chegar a horas. Se não chegar qual é o problema? E, de repente, oiço aquela melodia. Aqueles acordes inconfundíveis... Daquela canção. Abrando o passo e tento concentrar-me para ouvir ainda melhor. Sim, é aquela canção. Tenho a tentação de parar e neste mesmo sítio ficar a ouvir aquela canção. Como eu gosto de saborear aqueles acordes que me fazem recordar de como era bom ser feliz. Finalmente, percebo que a música vem de um café. Aproximo-me e finjo que estou a ler as sugestões no quadro exposto cá fora. Apenas quero ficar ali a ouvir aquela voz. Quando a música termina, volto ...

Sentir de Olhos Fechados

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Sinto-me exausta.  Chego a casa e a primeira coisa que faço é fechar os olhos e, por um segundo, sinto que tudo não é real. Que tudo está na minha cabeça. Que esta é apenas uma história. Que vou abrir os olhos e tudo será diferente.  Tu vais estar aí, à minha espera, com aquele sorriso que, para sempre, ficará cravado na minha cabeça. No teu tom sereno vais perguntar "então?" E eu vou apenas olhar para ti e tu vais perceber. Levantares-te~ás da cadeira e irás colocar as tuas mãos sobre os meus ombros. Não vou conseguir conter as minhas lágrimas e elas vão escorrer pelo meu rosto. As tuas mãos grandes, mas doces, vão cobrir-me as faces e irás secá-las. Não terei vergonha de te olhar nos olhos. Olhar-te-ei nesses olhos castanhos e tu saberás o que fazer. Saberás que apenas preciso que me feches no teu abraço. Saberás que só e apenas dessa forma me vou sentir protegida. Não diremos, sequer, uma palavra e vais deixar-me ficar aí, junto de ti, até que eu queira.  ...

O Vínculo da Transparência

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É quase como um jogo de pingue-pongue. De um lado, uma pergunta. Do outro, uma resposta. E, assim, vice-versa. Por vezes, o silêncio também se instala. E quando assim é, nada parece estranho ou pouco confortável. Não. Muito pelo contrário. Ela sabe que ele a olha, ela sabe que ele está atento ao que ela está a fazer. Por isso, basta uma pequena palavra, uma constatação de um facto, para que ele a oiça. E ele responde, diz algo sobre aquele assunto. E a conversa continua animada. Mas, são os olhares, as expressões faciais, o acenar da cabeça, a forma como o seu corpo se coaduna com o lugar onde está. A sua postura corporal, descontraída e completamente à vontade. Sim. Continuam a ser os pequenos gestos que ficam na memória, que mais a fascinam.  Ela tenta chegar a um papel, ao mesmo tempo que ele. E, subitamente, as mãos tocam-se. E não há nada de desconfortável, nem de vergonha. Não. Há apenas uma leveza de espírito que se instala entre os dois... Uma leve...

Deixar de Sentir

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A vida corre como sempre. Pessoas que se amontoam numa plataforma, para depois num ápice desaparecerem dentro das carruagens do comboio que agora aparece. Dentro de um minuto tudo vai voltar a acontecer. As pessoas vão voltar a juntar-se naquela plataforma à espera de mais um comboio. Enquanto estou sentada, fazendo também parte desse amontado de gente, olho para alguns deles e penso: será que todos eles são conscientes? Todos eles têm o que querem? Todos eles cumpriram os seus sonhos ou, pelo menos, tentam alcançá-los?  É estranho pensar que o resto do mundo pode ser igual a nós, seres vazios de propósitos, seres embebidos na rotina, seres que não sentem. Ou que, pelo menos, não querem sentir. Chega a ser angustiante. Podemos mandar no nosso cérebro e dizer-lhe vezes sem conta: não quero sentir, não quero sentir, não quero sentir. Tantas vezes que o dizemos a nós próprios que pensamos que já nos convencemos. Que já formatámos, por completo, aquilo que somos. Mas,...

O Vício da Loucura

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Queria dizer que te amo. Queria que pudesses estar aqui. Ao pé de mim. Queria que nos sentíssemos e que o tempo parasse. Que o tempo parasse aí, nesse preciso momento em que nos confundimos um no outro. Mas, depois, penso que apenas queria ter a tua presença. Nem que fosse ao de longe, mesmo que não nos falássemos. Queria apenas um momento para te olhar, para observar os teus gestos, para reconhecer a tua expressão, para te ver na simplicidade do teu eu. Na mais profunda pureza do teu ser. Queria tanto que nos pudéssemos encontrar...  É quase como se este meu desejo me levasse a ver-te aqui, à minha frente. Neste preciso momento... Neste preciso momento em que fecho os meus olhos eu consigo descortinar a tua figura. A tua figura imponente, mas, ao mesmo tempo, tão simples, tão singela e tão sincera.... Tão verdadeira. Consigo até recriar o teu olhar. Sim, aquele teu olhar que me prende em qualquer parte em que nós estejamos: seja numa sala recôndida, ou numa rua por ...

A Consciência do Inconsciente

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Perguntaram-lhe o que é que ela queria da vida. Ela não sabia. Apenas tinha a certeza de que não queria aquilo que tinha.  Ao responder isto questionaram-lhe se ela não tinha nada na sua vida que ela quisesse manter. Aí ela também não demorou a responder, tal como quando lhe fizeram a primeira pergunta: "as pessoas de quem mais gosto queria que estivessem sempre comigo mesmo que a minha vida mudasse por completo".  Foi a resposta dela.  Rápida.  Incisiva.  Sincera. Porque razão é que uma pessoa como ela, jovem e com tudo pela frente, se sentia tão impotente e não se conseguia desfazer disso? Agarrar na coragem que ainda lhe restava e ser diferente? Agir... Aí ela não quis dar qualquer resposta. O seu olhar ficava ainda mais triste. Dava impressão de que ela desejava que tudo fosse distinto, mas nada fazia para que isso acontecesse. Ela comportava-se como se aquele fosse um destino que tinha de cumprir.  Estar sempre a levar pancada. ...

O Fatalismo das Decisões

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A vida é feita de decisões. Passamos o tempo a fazer escolhas: em virar à esquerda ou à direita; se vamos em frente ou recuamos; se falamos ou calamos as palavras; se entramos em qualquer lado ou ficamos cá fora... Um sem fim de decisões grandes ou pequenas que temos de tomar todos os dias. É cansativo. Pode não parecer, mas, por vezes, chega a ser maçador. Posso dizer com toda a certeza de que estou cansada de tomar essas decisões. Mais do que isso. Estou cansada de pensar. Sim, porque para decidir por alguma coisa devemos pensar. Eu, pelo menos, farto-me de pensar antes de escolher a minha próxima acção.  Em diferentes ocasiões já ouvi as famosas frases: "pensar em demasia dá mau resultado"ou "devemos fazer aquilo que nos vem à cabeça". Confesso que me custa admitir isto, mas começo a acreditar que não há pensamentos mais correctos do que estes. Pensamentos ou formas de estar na vida, como lhe quiserem chamar.  Quantos de nós não temos aquele amigo que...

O Pó do Inconsciente

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Sentada naquele muro foi como se tudo aquilo que tinha vivido estivesse ao meu redor. O pó que levantava consoante as pedras que iam caindo era como uma nuvem que me cercava e que me fazia entender o quão sozinha estava. Apenas os meus pensamentos me acompanhavam. O barulho... o barulho ensurdecedor de toda aquela destruição e eu ali fiquei. A assistir a tudo. Parada. Como se estivesse pregada àquele conjunto de cimento. Embora eu conseguisse ouvir tudo o que se passava, os gritos. a destruição, as paredes a cair, embora eu conseguisse ver para além do pó que me cercava, as pessoas a correr, sangue no chão, alguém a pedir ajuda, eu não me movia. Foi como se o tempo tivesse parado naquele momento e a minha inércia fizesse com que esperasse a morte lentamente. Não valia a pena fugir. Tudo estava traçado desde o início. O fim era agora. Bastava esperar. Mas o acto de esperar não nos impede de ter a mente a trabalhar. E aí, todas as imagens daquilo que tinha vivido passavam por mim. A...

O Poder da Raiva e do Sonho

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A raiva é um sentimento poderoso. Ou nos leva a explodir e a dirigi-la a alguém ou se não formos capazes de o fazer, ou não o podermos fazer, ela consome-nos. Rói tudo o que temos cá dentro, principalmente a nossa parte boa. Deixa-nos secos das melhores qualidades do ser humano: a boa conduta, a bondade, a boa disposição, a vontade de comunicar, de sermos livres. Sim. A raiva consome a nossa liberdade. E, se assim é, como podemos ser felizes se não somos livres?  Essa é uma das amarras que o homem tem em seu redor e que não lhe permite chegar aos seus sonhos. São tanto aqueles que ficam pelo caminho com o passar dos anos. Somos feitos daquilo que vivemos, das nossas experiências, daquilo que conseguimos realizar de forma espontânea. No entanto, também somos feitos daquilo que nos impõem, da dor que nos infligem, do sofrimento que carregamos ao longo da vida. Como sempre digo, somos feitos de coisas boas, mas também de coisas más. E, uma delas, é também a raiva. É impossível nu...

O Sonho Desenhado Pela Imaginação

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Fechou os olhos. Num ápice fechou os olhos porque não queria estar ali. Era a única forma de estar noutro lugar, de sentir que tudo era diferente. "Ao início tudo era negro. Porém, no meio da escuridão começou a surgir uma imagem. Era o mar. Como era azul aquele mar. E calmo... Apenas umas ondas muito l eves, faziam com que aquele imenso azul se movesse. Devagar e ternamente. Como era bonito aquele local. Agora Teresa já lá estava. Com um chapéu de palha, uns óculos de sol, com o seu cabelo castanho solto e ao vento. Tinha uma saia comprida, muito fresca e uma camisola de alças. Estava descalça para sentir a areia nos seus pés. As sandálias estavam na mão, ao mesmo tempo que se virava para aquele mar.  Alguém a chamava.  Era ele. Naquele momento em que se virava em direcção à voz que pronunciava o seu nome, reparava como ele estava bonito. O cabelo loiro, de olhos da cor que se confundia com aquele mar. O seu amor. O seu singelo, duro e forte amor. Ele era seu, fazia pa...

O Sonho de Maria

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Mais um dia que terminava. Maria estava cansada como acontecia habitualmente num dia de trabalho. A desmotivação e a frustração eram cada vez maiores e não tinha mais ninguém que culpar senão a ela própria, pelas opções que tinha tomado ao longo da sua vida, factores que tinham determinado, também, a sua solidão. Mesmo estando esgotada, ela não queria por os pés em casa. Aí sabia que não ia descansar completamente. Não só pelo facto de ter pessoas em casa, mas também porque não conseguia ultrapassar os problemas que por ela tinham sido criados ao longo dos anos, sem contar com aquilo ao qual a tinham submetido. Motivos mais do que suficientes para se ter tornado naquela pessoa.  Ela precisava de descansar, verdadeiramente. No entanto, Maria sabia que o tempo de repouso mental já não voltava mais e que tinha de ter forças para suportar um dia de cada vez, sem pensar muito no futuro, porque, por mais que ela projectasse metas, esses objectivos nunca eram cumpridos, seja por falta...