Por Quem me Tomas?
Caminho em direção à cama sem qualquer tipo de raciocínio. Estou cansada. Sinto-me exausta de tudo aquilo que os meus ombros carregam. Um peso que me suga qualquer tipo de energia que o meu corpo possa ter. É tarde? Não sei. Olho de soslaio para o relógio na mesinha de cabeceira. Não. Não é assim tão tarde. Mas sinto que não consigo fazer mais nada sem ser fechar os olhos e tentar dormir. A luz do pequeno candeeiro mantém-se firme. Claro. Só assim poderia ser. Quanto mais me aproximo da cama, mais me apercebo de como ele está descansado. Como se nada nem ninguém lhe pudesse retirar aquele ar tão sereno, que me faz sempre questionar o mesmo: como é que ele consegue ser assim? Claramente, que está confortável. Duas almofadas a amparar as costas e uma na cabeça. É sempre uma boa opção, uma vez que o relevo da cabeceira da cama não é muito aprazível. Principalmente, quando se está a ler. Desvio um pouco os lençóis e sento-me ao seu lado. O seu braço que estava ...