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A mostrar mensagens de outubro, 2014

Sem Papas na Língua

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Se há coisa que me agrada é andar pelas ruas e tudo fica ainda melhor se ouvir conversas caricatas entre as pessoas. Estes são pelo menos dois dos motivos que me fazem detestar (ainda mais ) conduzir. É verdade... Como se já não bastasse a minha forma desajeitada e falta de aptidão para comandar um veículo e a falta de paciência para com todos os outros que andam na estrada, andar de carro todos os dias roubou-me a possibilidade de assistir a episódios que me marcam de alguma forma. Ou por me deixarem sem palavras, ou bem disposta. Enfim... No mundo das ruas e dos transportes públicos (é justo não esquecê-los) tudo é possível de acontecer. Hoje pensei que seria bom estacionar o carro  na minha rua e fazer algumas coisas no centro da cidade a pé. Cheguei a casa ao final da tarde, parei aquela coisa a que o comum dos mortais chamo carro (e adora!), e dei corda aos sapatos.  A meio do caminho dou conta de três pessoas a conversar à beira da estrada. Para quem estava a vê-los ao l

Não te Vou Deixar Ir

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" Ele quer ajudar-me... Eu sei... Ou melhor, eu sinto isso. Mas eu não consigo suportar aquele olhar que ele tem. Um olhar de desespero, de desesperança, de incógnita... Um olhar de quem não sabe o que vai fazer. Eu preciso libertá-lo de estar comigo. Como lhe posso explicar aquilo que não tem explicação. E a dor... A dor que ele transporta. Não. Tenho de sair daqui ". Ana levantou-se da cama e, sem produzir qualquer ruído, saiu do quarto. Olhou em redor para a sala. No meio do escuro da noite, só a luz da rua iluminava aquela divisão. Vestiu o casaco, deixado ao acaso em cima do sofá, pegou nas chaves, que moravam perto da porta de casa, e saiu. Saiu sem destino. ________________________________________________________________________________ " Onde é que ela estará... O que raio se passa? Porque é que ela não fala comigo... O que devo fazer? O que foi feito daquela mulher que eu conheci... Aquela mulher com um sorriso que eu nunca tinha visto. Aquele olhar d

A Partilha de Nós Mesmos

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É bom sentir que as pessoas que fazem parte da nossa vida ou, pelo menos, já fizeram, evoluem. Que criam histórias para contar quando forem mais velhos. Que constroem um percurso, que superam aquilo que lhes é imposto, que conseguem atingir os seus objectivos. É bom ver como as pessoas chegam às suas metas. Como fazem nascer algo de novo. A forma como sorriem, como brincam, como amam. É bom ver que não têm arrependimentos. Que não pensam em demasia. Que não se deixam ficar. Que são capazes de perdoar e seguir em frente. É bom ver que não estão sozinhas. Que têm alguém para conversar. Que têm alguém para se dar, sem barreiras, nem receios. Que têm alguém que os ajuda e que os protege. Acredito que isso deve ser das coisas mais belas que a vida nos pode dar: alguém que nos proteja, seja do que nos é alheio ou até de nós próprios. Acredito, também, que primeiro de tudo, devemos saber defender-mo-nos sozinhos. Sermos capazes de trilhar o nosso caminho por nós mesmos, testarmos a

Os Valores são a nossa base, ou, pelo menos, deveriam ser...

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Espanta-me cada vez mais a falta de consciência das pessoas em relação às possíveis consequências dos seus actos. Infelizmente, talvez por pensar que as coisas não são assim tão más, continuo a surpreender-me com este tipo de situações. O engano é algo que me assusta. E quando me engano ninguém pode imaginar o efeito que isso causa dentro de mim. É certo que o engano faz parte de nós, do nosso dia-a-dia, da nossa vivência. No entanto, sempre me coloquei face ao engano da mesma maneira que me coloco em frente a um campo de silvas: faço de tudo para o evitar. Como o ser humano não é perfeito, é certo que se engana. É certo que nos enganamos. É certo que eu me engano. E perante essa situação posso ter três posturas: analisar o erro, corrigi-lo e, se possível, fazer de tudo para que numa próxima situação isso não aconteça; por outro lado, posso, simplesmente, ignorar e seguir em frente; posso ainda admitir o engano, ignorar as suas consequências e seguir com a minha "vidinha&quo