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Carta a Filomena

Lisboa, 14 de Junho de 1985 Querida Filomena, Como estás? Que tal a família? Estou com muitas saudades de ti e como não podia deixar de ser tinha de te contar tudo o que se anda a passar, por isso decidi escrever-te esta carta. Estes primeiros meses têm sido uma loucura, mas posso afirmar com toda a certeza de que esta está a ser a  melhor fase da minha vida.  Filomena, gostava que aqui estivesses para veres tudo aquilo que tenho presenciado! A vida aqui é uma confusão! Aquilo que nos ensinam no curso de letras pouco tem que ver com esta vida nas redacções. Tu não podes imaginar! Telefones a tocar por tudo quanto é lado, ouvidos agarrados aos gravadores, que às vezes são um problema por causa das cassetes, tudo a correr de um lado para o outro, nuvens de tabaco, gritarias...Uma coisa impressionante!  As tipografias a trabalhar a uma velocidade impressionante, novos jornais a aparecerem... Isto não podia ser melhor! E estar numa redacção no Bairro Alto é espectacular! Em noites de