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Carta ao Final do Dia

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Hoje queria dizer-te que fiz uma coisa boa. Ajudei alguém e sei que ele está melhor agora. Está feliz. É boa esta sensação com que se fica depois de ajudarmos alguém, não é? Gostava muito de poder partilhá-la contigo e contar-te esta história. Tenho a certeza de que irias sorrir e irias dizer qualquer coisa do género: "só tu" . Eu ficaria ainda mais contante por poder partilhar contigo o resultado do meu gesto e sentiria que não podia estar mais centrada no meu presente. Sabes, hoje queria dizer-te que também me irritei. Irritei-me com a mentira, com o encobrimento da verdade, com a falsidade. Apesar da minha irritação, fui capaz de dizer a verdade, de a mostrar, de a mandar cá para fora. Fui capaz de a escarrapachar, sem medos. Apenas e só porque é aquilo que devo fazer, independentemente das suas consequências. Sei que ficarias preocupado e, talvez, a tua primeira reação fosse tentar fazer com que eu parasse de querer dizer a verdade. "Não vale a pena colocares-te em p...

Grazie, Gigi Buffon

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"There is a burning inside you that will lead you to make mistakes. Of course, you think that you are showing your teammates that you’re strong and free, but in reality, this is a mask that you wear."  Às vezes penso que emocionar-me é uma merda. É uma merda porque em algumas dessas ocasiões também me faz sentir uma merda. Seja por aquilo que leio, seja por aquilo com que me identifico quando estou a ler, seja porque desperta no meu inconsciente algo que me faz experienciar um sentimento forte. Quando vi hoje de manhã uma notícia que dizia que Buffon confessa que esteve deprimido apressei-me a ler o texto escrito pelo guarda-redes italiano em primeira mão, publicada no The Player's Tribune. Chorei. Não pelo facto de estar a ler um testemunho tão pessoal, que mostrava que um dos desportistas que mais admiro no mundo teve depressão. Chorei, essencialmente, por ter a constatação de que todos nós sofremos. Independentemente de pensarmos que ninguém o...

Carta a Filomena II

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Lisboa, 4 de Dezembro de 2011 Querida Filomena, Como estás? Que tal a vida por Braga? As coisas por aqui estão difiíceis. Há muito tempo que me pergunto: "Porque é que as coisas mudaram?". Não consigo encontrar uma resposta. Tu consegues? A culpa é das pessoas? É minha? Honestamente não sei. Por favor, se souberes, diz-me tu! Tornei-me numa pessoa triste. Se soubesses há quanto tempo não me rio com vontade... Há quanto tempo que não estou sem preocupações... Essas são mesmo as minhas maiores inimigas. Também tens muitas? Aquilo que faço... Sem trabalho, só interesses,só consegues algo com favores e tens um bom cargo só com cunhas. Sem dinheiro. Os que têm valor não são recompensados... . Acho que isto não é para mim. Também não tenho bem a certeza disso. Já penso nestas coisas há demasiado tempo. Frequentemente, tento pensar nisso, mas a minha cabeça dói-me ainda mais do que o habitual. Sabes como vejo o que me acontece? Como se estivesse presa nu...