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Simplesmente Dispensáveis?

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A ansiedade é tramada. Ainda noutro dia falava disso com uma pessoa amiga. Talvez esse seja até um dos maiores problemas emocionais e psicológicos deste século. É a vida sempre a correr, o stress, a vontade em chegar sempre primeiro, a vontade de fazer tudo bem, a esperança de conseguir algo... O pior é que a ansiedade pode estar em qualquer aspecto da nossa vida, ou em qualquer situação. Ligada à ansiedade, encontramos, então, a expectativa e a obsessão. Às vezes é essa obsessão que nos faz ser bons naquilo com que nos comprometemos. Esperamos atingir objectivos, obter uma recompensa ou simplesmente somos empenhados para nossa satisfação pessoal.  É estranho quando com o nosso esforço não conseguimos nada disto. Nem recompensas, nem satisfação pessoal, nem reconhecimento, nem nada.  Mesmo não tendo nada continuamos a sentir essa ansiedade. Essa ansiedade que nos tira o sono, mesmo que, conscientemente, pensemos que nada nos afecta. A mente humana é realmente um...

Cicatriz no Sentir

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Existem alturas em que temos de aceitar o que temos. Há momentos no nosso percurso onde temos de aceitar aquilo que somos. Recordar aquilo que nos fez ser aquilo em que nos tornámos e pensar nisso vezes sem conta. Tantas vezes para que não nos esqueçamos do que somos e porque o somos. Na esperança de que este esforço nos permita chegar ao ponto de isso nos deixar de afectar ou revoltar. Na esperança de que o possamos aceitar definitivamente. A revolta deve ser sentida o mais possível. Repetidamente. Tal e qual como a dor, para que assim nunca dos esqueçamos dela e para que nunca nos esqueçamos de qual o nosso objectivo no tempo que por cá andamos. Não são só as coisas boas que nos mantêm vivos. Sem dúvida de que seria muito melhor se assim fosse. Mas na vida real isso não é assim. É talvez a dor que nos faz amadurecer. Uns mais cedo do que outros. E talvez seja também isso que nos permite estar revoltados. Dificilmente, conseguimos entender porque é que temos de sentir dor. Porque é qu...

A ignorância é sagrada

Os cínicos, os hipócritas e os mentirosos enchem este mundo. Sai daqui, sarna nojenta que não me largas o pé. Esse teu nojo cobre-me dos pés à cabeça e eu não consigo afastar a minha repulsa daqueles que me comem os princípios. Aqueles que deitam a baixo aquela coisa à qual damos o nome de moral . Tenho nojo de todos vocês! Vomito. Inundo o chão daquilo que sou. São como lama que se agarra à minha roupa. Sinto o vosso odor na minha pele. Esse cheiro fétido que me preenche e do qual não me consigo livrar. A culpa é tua e só tua. Por tudo aquilo em que me fizeste acreditar. Por me teres manipulado tão subitamente, tão suavemente, tão carinhosamente. A ilusão e a mentira. Quero-as de volta. A ignorância é sagrada. É aquilo que nos faz sorrir. Desprezo. Tristeza. Horror. Medo. Saiam! Saiam daqui, seus porcos imundos que me perseguem! O que querem de mim? Que seja como vós... um animal amestrado. Uma máquina. Uma simples escrava dos vossos desejos. Não sinto nada. O que é...

A Vida Foi-lhes Cortada Pelo Pé

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A guerra mata. A guerra serve interesses. A guerra protege. A guerra ataca. A guerra destrói. A guerra fere. A guerra muda. Primeiro Ataque. Primeiro contra ataque. Estado de Sítio. Prolongam-se os mútuos ataques. Mortos. Dinheiro. Negociações. Fim. A guerra acontece em certos locais muitas vezes esquecidos pelos outros. Mas não por aqueles que lá têm algum interesse: seja territorial, económico ou político. As invasões apenas acontecem por interesses. Não é pelo ingénuo sentimento patriótico que nos incutem. Tretas. Esse nacionalismo fervoroso, que nos faz crer que somos melhores do que qualquer outra nação, faz crescer em nós o desejo de fazer calar, de nos vingarmos e de partir rumo ao objectivo comum: partir para o combate. Vangloriarmo-nos aos céus para que todos os indivíduos da sociedade acreditem que é isso que se tem de fazer. Tudo isto é-nos impingido por uma valiosa e bem estudada propaganda. O povo acredita, ou pelo menos a maioria. Há uns que se retraem, porque preferem...