Tudo o que Ela Precisava

É com algum cansaço com que Ana fecha a porta de casa. É já noite e ela não se consegue concentrar em nenhum dos seus gestos já mecânicos, marcados pela rotina diária. Fui um dia e tanto. Diferente de tudo aquilo que ela podia imaginar. Diferente de tudo aquilo que ela sentia habitualmente. Diferente da monotonia que era a sua vida. Tinha sido tudo tão espontâneo, tão sincero e tão livre que ela só podia sorrir. Como tinha sido bom. Como tinha sido saboroso. Como tinha sido intenso. No fundo, como tudo tinha sido tão cheio de vida. Já no seu quarto, Ana senta-se na cama. Mergulhada naquilo que tinha vivido durante a sua tarde, ela começa a descalçar-se. Na sua cabeça, ela consegue vê-lo. Ele ali está com a sua vivacidade, com o seu sorriso, com o seu olhar carinhoso. Ela lembra-se perfeitamente de como se sentiu bem junto dele. De como sentiu que pertencia ali. Ali àquele espaço, a ele. De como ela se sentiu confortável com ele. Em apenas umas horas, Ana estav...