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Boa Sorte, Menina

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O cansaço das pernas fazia-me andar mais devagar do que devia. Mas, naquela altura do percurso fico sempre cansada e as pernas pesam-me, o que me faz não querer saber se levo mais dez minutos a chegar a casa.  Vejo, no meio da rua, um homem que cambaleia. Bem sei o que é. É fim de tarde, por aquelas ruas há alguns cafés e é mais do que comum que alguns comecem a cambalear pela rua inebriados pelo álcool. Alguns falam alto, outros não dizem nada. Hoje, a rua só o tinha a ele. Parece-me velho, o cabelo é branco, magro e veste um fato, já com a gravata meio solta. Este tipo de coisa já não me surpreende ou amedronta. Assim que me aproximo oiço-o a fazer um barulho estranho, como se estivesse a chamar alguém, mas não era bem um nome, parecia um autêntico grunho. Não liguei nenhuma. Assim que passo por este homem oiço "Boa Sorte, Menina" e outra vez aquele grunho. Nem sequer virei a cara na sua direção. É verdade. Poderia ter-lhe agradecido ou ter feito um simples gesto com a mão...

Viver & Sobreviver

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É estranho o sentimento de estarmos no limbo. Somos como aqueles automobilistas que gostam de ir no meio das duas faixas sem saber se querem ir para a direita ou para a esquerda. Esta comparação pode parecer demasiado estúpida, mas é verdade.  Estamos sem reagir.  No fundo nós queremos reagir.  Mas não sabemos como. Parecemos completos zombies sem saber o que fazer daquilo que somos. Sem sabermos aquilo que realmente queremos. O medo, a incerteza, a falta de coragem, as nossas fraquezas deixam-nos para trás. Na nossa cabeça nós sabemos que não pode ser assim. Nós queremos reagir. evoluir, crescer, mas não somos capazes. Talvez seja o nosso coração que não está em sintonia com a nossa cabeça. Se a nossa cabeça nos diz para seguir em frente, nós temos a certeza disso, então porque é que não o conseguimos fazer? É como se uma força nos mantivesse presos no mesmo lugar. Será essa força o nosso coração? Como comandamos o nosso coração? Será apenas o tão aclamado ...