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A mostrar mensagens de março, 2016

O Amor Utópico

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Amélia olhava para as pessoas à sua frente e sorria. João e Maria eram perfeitos um para o outro. Os seus rostos mostravam aquilo que devia ser a felicidade... Uma ligação muito pessoal, uma intimidade que se expressa nos pequenos gestos. Ainda bem. Eram felizes e isso é o que importa.  Nada mais.  Tudo vale a pena por isso... Tudo vale a pena para que aqueles a quem se ama sejam felizes. Aos quarenta anos de idade, Amélia nunca tinha experimentado o amor. Sabia o que era, lia isso nos livros, ouvia o que era esse sentimento nas canções de vários músicos, via exemplos disso na televisão. E, secretamente, ela pensava que isso era um máximo. A possibilidade de encontrar alguém em quem se colocava todos os seus sentimentos e confiança para continuar a vida em conjunto... Alguém a quem podia abraçar, mas também poder dar-se ao luxo de se deixar abraçar... Tudo isso, agora, fazia parte da sua cabeça, como se pertencesse a um sonho longínquo, que tinha tomado as formas da eterna

Até à Próxima, Até Agora.

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Estou a tentar lembrar-me da tua face da última vez que te vi... A forma como sorriste, como abriste os olhos, como falaste, como fechaste os olhos. Estou a tentar, desesperadamente, lembrar-me de todos esses gestos, mas, por alguma razão que desconheço, não o consigo fazer. Talvez seja pelo facto de, se o fizer, essa ser a certeza de que me estou a recordar da última vez que te vi. E, se calhar, o meu cérebro ainda não me permite chegar a essa verdade absoluta, porque, no fundo, eu só quero ter mais uma oportunidade para te ver... Para falar contigo... Para te dar um beijo e dizer, "até à próxima", como tantas vezes te disse. É claro que as lágrimas continuam a escorrer-me pelo rosto, mesmo eu sabendo que isto foi o melhor que te podia ter acontecido. Mas, mesmo assim, custa-me saber que já não vais estar a cinco minutos de mim. Foram muitos anos. Muitos anos em que me ensinaste grande parte daquilo que sou hoje. Talvez, se não tivesse estado nas tuas mãos, não teria conheci

Conhecer e Dar-se a Conhecer

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Até que ponto é que alguém nos conhece? Ou até que ponto nos damos a conhecer? A relação entre as pessoas pode ser simples, complicada, dúbia... Porra! As relações entre as pessoas podem ser tudo isso ou podem não ser nada. A relação com o outro pode ser tanta coisa... Porém, tudo acaba por depender do nosso próprio querer: de nós termos ou não vontade de nos darmos ao outro. De mostrarmos ao outro aquilo que somos, aquilo que pensamos, aquilo que sentimos. É daí que advém o "à vontade" que depois criamos com as pessoas. Se formos capazes de nos "despir" perante os outros isso é meio caminho andado para que possamos estabelecer um laço forte. E isso é bom. Quantos de nós não queriam ter a oportunidade de criar uma relação forte com alguém? Uma relação onde possamos ser aquilo que quisermos ser, sem amarras, medos ou complexos? Eu acredito que grande parte dos seres humanos deseja isso intensamente, até porque a vida só vale a pena se tivermos a benção de ter alguém