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A Dor da tua Ausência

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"Take away my pain, help me forget it all"  Páro o que estou a fazer. Será que isso existe mesmo? É possível termos alguém que nos tire a dor? Que nos faça esquecer tudo? Não sei. Nunca o experienciei. Mas, agora, parando para pensar nisso... Será mesmo possível que isso exista? Alguém que com apenas a sua presença nos tire a tristeza, nos dê alento e que nos faça sentir que podemos apagar por momentos tudo aquilo que nos faz sofrer? Se isso for verdade, essa deve ser a verdadeira definição do amor.  Sento-me na cama e fecho os olhos. A música continua a tocar e eu, por breves instantes, atrevo-me a imaginar o que é isso de termos alguém que nos tire a dor. Tristemente, não o consigo alcançar. Realmente, não consigo imaginar isso... Não consigo imaginar que alguém me tire esta dor de existir. No entanto, choro. Posso não ter a capacidade de criar no meu pensamento essas imagens de ter alguém que me tire a dor, mas não evito as lágrimas que me correm pelo rosto. Será que a min...

Easy Love*

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O coração vem cheio. Cheio de novos momentos, de novas histórias e, sobretudo, de novas recordações que me vão permitir continuar a seguir o caminho. É quando aqueles que estão à nossa volta nos deixam mais ricos pelo seu amor e amizade que temos a certeza de que há algo mais que nos vai ajudar a lidar com o que aí vem. O amor é, de facto, um sentimento poderoso. E, quando o sentimos, mas também quando o conseguimos materializar em momentos, por exemplo, tudo parece que se desvanece. E essa materialização acontece quando os outros aceitam o desafio de estar connosco, apesar dos nossos defeitos, dos nossos medos, dos nossos problemas, das nossas faltas... Quando temos alguém connosco que aceita de livre vontade estar nesse nosso desafio que é a vida, isso é o mais precioso. Teimamos em não aceitar essa mão, mas essa está sempre à nossa espera. Se assim acontecer, isso é o verdadeiro sentido da vida. Sentido que deve ser sempre agarrado com unhas e dentes, mesmo que pensem...

Voltar à Tona de Água

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O quarto estava frio. Nada parecia ter grande côr. Isabel olha para o espaço em seu redor e, apesar de ser quase de noite, não tem qualquer intenção de ligar a luz. Está de pé durante algum tempo e olha para a janela... Depois para a estante e, no fim, para a secretária. Acaba por sentar-se na cama. E assim fica a olhar para o nada. Isabel está cansada. Sente-se muito cansada de toda a sua vida. De nunca conseguir alcançar aquilo que mais deseja... De se sentir a afundar... De se sentir, diariamente, num beco escuro e sem saída... Está cansada de chorar às escondidas, está cansada de nunca conseguir ter aquilo que imagina... Está cansada de estar cansada. Novamente, Isabel fecha os olhos e imagina cada detalhe do lugar específico onde deseja estar. Na sua cabeça, ela consegue delinear cada traço daquele espaço, a cor da sua luz e é capaz de se ver ali... A sorrir e a ouvir aquela canção que tanto gosta. Uma lágrima escorre pelo seu rosto, porque Isabel sabe que não tem nada da...

Qualquer Dia Alguém a Levará Daqui

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Ela abre os olhos. Tal como faz todas as manhãs. "Mais uma...", pensa ela. Mais uma manhã em que ela está viva, apenas ciente desse facto pelo coração que continua a bater. Pisca os olhos uma... Duas... Três vezes. Um outro dia que começa, que apenas segue a sequência ditada pelo planeta e pelo calendário. Ela esfrega os olhos. O barulho que ouve fá-la perceber que são horas. Olha para o relógio na mesinha de cabeceira e, de facto, são horas de se levantar. Ela não precisa de muito tempo para se arranjar. Tudo está onde tem de estar e quase que os seus movimentos são automáticos. Em pouco tempo está arranjada. Sai de casa. Seja o calor do Verão ou o frio do Inverno, como é o caso, além do coração que continua a bater, são duas das coisas que fazem com que ela se aperceba de que está viva. Hoje está realmente frio e ela sente-o. Parece que se entranha nos seus ossos e, por instantes, aqueles que levam a que o corpo se habitue, ela treme. É desconfort...

O homem à Espera na Plataforma

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NOTA: Este texto é inspirado no tema "Sitting on a Platform" de James Morrison. Dêem um olho à letra ou oiçam a música antes de lerem o texto. Aqui ficam os links: tema:  https://youtu.be/B9aagI-R6SU letra:  http://letras.mus.br/james-morrison/1341017/traducao.html É no meio da maior confusão onde Júlia se sente melhor... Nos locais por onde passam centenas de pessoas a toda a hora... Talvez por saber que ninguém irá reparar nela, fazer-lhe questões, obrigá-la a dizer algo. Era por isso que tanto gostava de parar pelas estações de comboio. Principalmente, as do centro da cidade, sempre cheias de gente. Não deixa de ser interessante que é nos grandes aglomerados de pessoas que cada um de nós se torna ainda mais invisível. Aí está: essa necessidade de se sentir invisível perante todos os outros levava Júlia a subir até a uma das plataformas da estação e aí sentar-se. Era, precisamente isso, o que agora fazia. Nunca podia estar muito tempo ali, pois teria, mai...

Nesta Páscoa "Have a Talk With God" ou.... Nem por isso. Mas Faz Alguma Coisa!

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A palavra "Páscoa" significa "passagem". Para aqueles que acreditam este é o dia em que Cristo ressuscitou, passou da morte à vida. Para aqueles que pensam que acreditam esta é a única ocasião do ano em que fazem questão em ir a uma missa ou em estar com os familiares, pois é mais uma oportunidade para comer e beber à grande e passar uns diazitos de férias e ir até ao Algarve. Para a maioria daqueles que não acreditam este é um dia igual aos outros. Para mim, que sou daquelas que acredita, esta é sobretudo uma época de reflexão. Pensar naquilo que somos, naquilo que andamos aqui a fazer, na nossa forma de encarar a vida, as suas coisas boas, mas também as suas coisas más. São, de facto, muitas coisas para reflectir, mas é necessário. Não escondo que é preciso ser forte para que essas reflexões não nos deixem mais tristes, a querer esconder-mo-nos em nossa casa, enfiar-mo-nos debaixo dos cobertores e ficar assim, sem falar com ninguém, nem fazer nada. É duro po...

Como Seria se Estivesses Aqui?

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Às vezes penso como seria se estivesses aqui...  Se tivéssemos crescido juntos, na mesma cidade, na mesma rua, na mesma casa.  Como seria ter sempre a tua presença, a tua companhia, o teu carinho, a tua protecção? Bastaria estar no abraço um do outro. A distância não seria um entrave e esta saudade de ti que me invade deixaria de existir. Como seria poder sair de casa e dez minutos depois estarmos num café a beber cerveja, a falar de tudo e de nada? Depois de um longo dia de trabalho teríamos a oportunidade de dividirmos o que quiséssemos, sem prejuízo de saber que até aquilo que não era dito estava a ser partilhado entre nós. Se estivesses aqui talvez todo o sofrimento por que passámos não tivesse sido o mesmo. Ou, pelo menos, não teria as consequências que teve e que caíram sobre nós. Sabes porquê? Porque poderíamos também partilhar essa dor. Contigo poderia ter recuperado das quedas que sofri, podia restabelecer-me das quedas que sofro. Tenho tanta cert...

A Todos os que Não me Deixaram Ir

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A 14 de Outubro escrevi um texto neste blog intitulado "Não te vou deixar ir", inspirado numa canção, e no videoclip da mesma, de James Morrison, "I Won't Let You Go". Esse texto é uma pequena história fictícia, onde o mais importante a reter, é a necessidade de nos tempos mais difíceis termos sempre alguém que "não nos deixe ir". Que não nos deixe desistir disto que é a vida. A verdade é que podemos viver, mas já termos desistido da vida... Hoje ao recordar-me desse pequeno texto que escrevi, apercebi-me de que esse foi o curso do meu ano. 2014 resumiu-se a isso mesmo: ter a sorte de ter algumas pessoas que "não me deixaram ir".  Por vezes, recordo-me de quando era adolescente eu me imaginar no futuro. Acreditava, plenamente, que a vida era feita de grandes festas, principalmente com muitos amigos ao meu redor, muita folia e boa disposição. Como costumo dizer que tudo iria ser "uma animação"! Porém, a vida tem-me mostrado o ...

Não te Vou Deixar Ir

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" Ele quer ajudar-me... Eu sei... Ou melhor, eu sinto isso. Mas eu não consigo suportar aquele olhar que ele tem. Um olhar de desespero, de desesperança, de incógnita... Um olhar de quem não sabe o que vai fazer. Eu preciso libertá-lo de estar comigo. Como lhe posso explicar aquilo que não tem explicação. E a dor... A dor que ele transporta. Não. Tenho de sair daqui ". Ana levantou-se da cama e, sem produzir qualquer ruído, saiu do quarto. Olhou em redor para a sala. No meio do escuro da noite, só a luz da rua iluminava aquela divisão. Vestiu o casaco, deixado ao acaso em cima do sofá, pegou nas chaves, que moravam perto da porta de casa, e saiu. Saiu sem destino. ________________________________________________________________________________ " Onde é que ela estará... O que raio se passa? Porque é que ela não fala comigo... O que devo fazer? O que foi feito daquela mulher que eu conheci... Aquela mulher com um sorriso que eu nunca tinha visto. Aquele olhar d...

"Don't Look Down, There's Nothing Here for You to See"

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"Dream on, Hayley, don't look down  There's nothing here for you to see  Dream on, Hayley, you're just about there Dont give up so easily Dream on, Hayley, if you don't feel love Dreaming is the way to go, I know," By: James Morrison - Dream On Hayley Lyrics Raquel mexia os olhos... Ela sabia que era altura de acordar. Deitada de costas na sua cama, estendeu os seus braços para os lados e sentiu o vazio, tal e qual como todas as manhãs. Finalmente, abriu meio olho e suspirou.  - Mais um dia... - murmurou... Abriu os dois olhos e percebeu como a cama estava toda descomposta. Eram demasiadas as voltas que ela dava durante o seu sono. Rodou o corpo para a janela e ajeitou a almofada. Para estar mais confortável puxou o lençol um pouco mais para cima e colocou a sua mão debaixo da cara. Raquel sabia que ainda tinha mais dez minutos para poder ficar ali, na sua própria redoma, a evitar um novo dia que ia começar. Um novo dia que não tinha nada par...

Exigências

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Há vários tipos de exigências. Há aquelas às quais não conseguimos fugir. Porque elas estão lá, criadas pela nossa profissão, por exemplo, à espera que nós as consigamos cumprir. Se não conseguirmos dar conta do recado há consequências. No caso do trabalho, podemos ser ultrapassamos e simplesmente dispensados. Se formos os nossos próprios patrões o mais provável é vermos o nosso negócio a desaparecer, porque não fomos capazes de responder às exigências de mercado, da economia, enfim... de tantas outras matérias. Depois há aquelas exigências que nos dão um certo gozo. Elas estão lá, a clamar pela nossa atenção e, por vezes, tornam-se em vozes a gritar por nós. Mas nós gostamos daquilo. Gostamos de sentir o desafio e isso faz com que nos desafiemos a nós próprios para conseguir corresponder a essas exigências. Esforça-mo- nos, gastamos horas focados nelas, construímos artimanhas para lá chegar, porque o nosso objectivo é, precisamente, responder a essas ...