Um Relâmpago?! Ou Alegria?! Alegria!!!

Assim como as más notícias, que nos deitam por terra e nos fazem querer desaparecer, as boas notícias surgem num ímpeto inesperado: paramos, sorrimos e gritamos. E, só depois, pensamos - tive mais do que aquilo que alguma vez pedi.

A noite já caiu por completo. Os transportes ainda estão cheios. Mal me consigo mexer no meio de tantas pessoas. Se pensamos que o comboio não pode estar mais cheio do que já está, desenganemo-nosr: cabe sempre mais um. Uns vêm do trabalho, outros das férias, outros da escola... Tantas vidas que se encontram durante poucos minutos sem intereferirem umas nas outras.

Tenho pressa de chegar à consulta. "Logo hoje o comboio tinha de se atrasar!", penso (agora ao me relembrar disso sorrio. É uma preocupação mínima que agora não tem qualquer importância). Mas de segudia há outros pensamentos que me consomem: o que tenho de fazer quando chegar a casa, ler, pesquisar, arrumar, comer, fazer contactos.... E, é claro, como sempre, há uma pergunta que prevalece no fim: vou poder fazer tudo aquilo em que estou a pensar? À partida já sei que não, mas, mesmo assim, quero acreditar que consigo. A boa disposição deixada pelos colegas permite-me sorrir, ao relembrar-me dos bons momentos do qual o meu dia foi feito. Mas depois disso, a minha cabeça não pára e continuo a sonhar. A sonhar com quem não está, mas já esteve, com aquilo que poderia acontecer, mas, como sempre, nunca acontece.
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As ruas estão calmas. Menos pessoas passeiam, os restaurantes estão compostos e os pequenos cafés estão a fechar. São já horas de jantar e só agora é que me despachei da consulta. Tudo está normal e a decorrer como a rotina do meu dia tinha ordenado.

Mas como tudo o que acontce de bom é inesperado e nunca foi imaginado, num simples momento tudo muda. A notícia dada por um amigo aparece como um relêmpago vindo não sei de onde... como um raio que me atinge e me deixa abananada. Não me ocorre nada, apenas "não acredito!". Rio com uma vontade desmesurada. O poder de uma boa notícia é este: deixa-nos a sorrir e a pensar que agora tudo pode acontecer que este sorriso que temos estampado na cara não vai desaparecer.

No fundo é uma alegria que nos contagia por dentro e por fora. E mais do que isso, contagia os outros: os amigos, os que não são amigos, aqueles que conhcemos mal e as pessoas singulares que passam por nós todos os dias e as quais não conhecemos. É este bem estar que nos permite olhar e ver que cada indivíduo é diferente, e, por isso, único.

Transmitir aos outros o que sentimos é dificil. E por estranho que pareça, transimitr aos outros a felicidade é muito mais árduo do que transmitir a tristeza. Nem metade das palavras que escrevi aqui demonstram a minha alegria pela boa notícia que recebi hoje. Mas é assim mesmo: os melhores sentimentos que temos são difíceis de mostrar em palavras, mas muito mais fáceis de ver nos nossos olhos.

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