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Ah Queres Fazer Justiça? Então, Estás Suspenso!

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O Supremo Tribunal de Justiça espanhol suspendeu o juíz Baltasar Garzón das sua actividade profissional. As razões de tal decisão prendem-se com a queixa feita por duas organizações de extrema-direita espanholas, que contestam o facto de Garzón estar a investigar os assassínios em massa feitos na Guerra Civil espanhola e nos primeiros anos da ditadura de Francisco Franco. Segundo estas organizações de extrema-direita, esta investigação viola a Lei de Amnistia de 1977 (os membros do governo de Franco estão salvos de qualquer processos por crimes cometidos durante a Guerra Civil ou pelo governo de Franco, de 1939 a 1977) Cada vez mais penso que a justiça não funciona, mas tento sempre acreditar quem nem tudo é igual. Juízes como Baltasar Garzón fazem-me acreditar nisso. Poucas vezes oiço falar num juíz que não tem medo de pegar em casos tão complicados que envolvem corrupção, terroristas bascos da ETA (por causa dos vários proc...

Um Simples Obrigado

Sim, hoje foi um bom dia! Parece-me uma frase básica, mas é o meu primeiro pensamento enquanto aqui escrevo por não ter sono. Mas, estou com esta sensação por todas as surpresas que me criaram e por todos aqueles com quem estive, os quais me fizeram feliz. Apenas um obrigado. O que mais dizer? Quando parece que nem tudo está bem. Quando parece que as coisas começam a ficar diferentes. Quando nos obrigam a ir por um determinado caminho que não queremos. Quando parece voltarmos à nossa vida: calma, sem surpresas e sossegada.   Aqueles que mais gostam de nós resolvem mudar as coisas. Criam uma situação nova, marcam um novo encontro, juntam-se para me dizer que são meus amigos. A vossa presença e esforço é como uma leve brisa que bate no meu rosto nos dias quentes de Verão e me dá uma sensação de alívio... Que me faz sorrir no meio de um calor infernizante que me queima por fora e por dentro. Por isso lhes agradeço. Por num dia ou por umas escassas horas que...

Um Paraíso Perdido

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Assim que chegamos apercebemo-nos da singularidade deste lugar. Assim que passamos a entrada da quinta e pisamos o seu interior somos transportados para uma outra era, para um outro lugar, para uma existência diferente. Somos recebidos por uma esfinge. Logo de seguida somos saudados por budas. Meu Deus! Que figuras são estas que nos olhem de forma misteriosa, que nos fazem continuar em frente com vontade de descobrir o que este sítio nos tem para oferecer? Do cimo da entrada vislumbramos por entre as árvores várias figuras, mas que não conseguimos identificar. Se continuarmos em frente, uma enorme aranha e um simpático dinaussaro estão à nossa direita. Acompanhados por figuras humanas, desta vez representadas por troncos estrategicamente colocados, que estão assutadas por estes enormes animais.  Assim que descemos, há algo que se distingue no horizonte. As longas e numerosas escadas que nos parecem levar até ao poderoso buda, que nos chama até e...

Um Relâmpago?! Ou Alegria?! Alegria!!!

Assim como as más notícias, que nos deitam por terra e nos fazem querer desaparecer, as boas notícias surgem num ímpeto inesperado: paramos, sorrimos e gritamos. E, só depois, pensamos - tive mais do que aquilo que alguma vez pedi. A noite já caiu por completo. Os transportes ainda estão cheios. Mal me consigo mexer no meio de tantas pessoas. Se pensamos que o comboio não pode estar mais cheio do que já está, desenganemo-nosr: cabe sempre mais um. Uns vêm do trabalho, outros das férias, outros da escola... Tantas vidas que se encontram durante poucos minutos sem intereferirem umas nas outras. Tenho pressa de chegar à consulta. "Logo hoje o comboio tinha de se atrasar!", penso (agora ao me relembrar disso sorrio. É uma preocupação mínima que agora não tem qualquer importância). Mas de segudia há outros pensamentos que me consomem: o que tenho de fazer quando chegar a casa, ler, pesquisar, arrumar, comer, fazer c...

A Simples Brisa Que Destrói o Castelo de Cartas

O dia estava bonito. Já fazia algum tempo em que o sol não aparecia. Com tanta chuva era difícil trabalhar no campo. Mas hoje não. Este era o dia ideal e afinal de contas o trabalho é para se fazer... Não se pode estar muito tempo à espera. Teresa saiu de casa e foi tratar das batatas: enchada na mão, costas dobradas, força nos braços. Há muito que já se tinha habituado, mas custava sempre voltar, principalmente quando não é esta a ambição de uma vida. Principalmente quando se sente presa numa vida que não escolheu. Sabia que o seu lugar não era ali, mas sim numa outra profissão. Longe do dia-a-dia monótono e das pessoas que via todos os dias, na pequena aldeia. Distraída com os pensamentos e com os movimentos mecânicos do trabalho, desde cedo aprendido, uma dor súbita atacou-lhe o peito. Uma dor forte que a fez largar tudo o que tinha na mão. Raramente as pessoas prestam atenção, e não as podemos julgar por o fazerem, ao cabelo. Até é ...

Uma Saudade Nostálgica

Sempre me perguntei qual a diferença entre nostalgia e saudades... Será que são a mesma coisa? Nostalgia, para mim, é a lembrança dos tempos vividos, tendo sempre consciência de que eles não voltam atrás. É, digamos, uma viagem ao passado. Uma viagem que ansiamos fazer, mas como sempre nos disseram: não se pode voltar atrás no tempo e reviver os momentos que mais nos fizeram felizes. E as saudades? As saudades é sentir a falta de algo ou, mais frequentemente, de alguém. Sentir a falta de quem não está presente, de situações vividas ou de um hábito. Sentir um vazio provocado por essa ausência... um vazio que nunca é preenchido, por mais que tentemos encobri-lo. Mas no fundo é isso: uma cobertura, que não preenche, que apenas esconde esse espaço deixado em vão. A saudade que sinto mistura-se com a nostalgia: sinto falta das pessoas e recordo os momentos passados em conjunto. Não posso voltar a revivê-los, mas o não estar com as pessoas, faz-me sentir um vazio. Um vazio que não ...

Os Contos de Fadas não existem

A princesa vivia num castelo, onde tinha tudo e mais alguma coisa. Era amada pelos pais, que a protegiam. Certo dia, num passeio, encontra um bonito e charmoso principe, que logo fica encantado por ela. Conhecem-se, mas a princesa precisa de ir embora. Despedem-se, mas o principe fica sem saber como ela se chama e qual o seu castelo. É aí que ele reúne todos os seus esforços para a encontrar. E, depois de algumas peripécias, consegue encontrá-la. E é claro, agora não a deixa escapar e acabam por se casar. As histórias que se contam às crianças (e note-se que não são todas que têm o previlégio de ouvirem histórias destas) são falsas. Não acontecem na realidade. Admito que haja um caso num bilião, que possa acontecer. Mas é verdade: os contos de fadas não existem. É bom que as crianças, mas somente as crianças, continuem a acreditar nelas para que não tenham contacto com a selva deste mundo. Mas, nem todas elas podem acreditar nesses contos. Há pessoas que, mesmo quando tinham idad...