Vulnerável VII
- Não sei se deva ficar contente por estares a trabalhar - ele beija-me o pescoço - Antes era mais divertido... Vinhas mais vezes. Ele aperta-me no seu abraço e eu sinto a sua mão na minha barriga. - Venho sempre que posso... praticamente já me mudei para aqui. E, digamos, que não estamos em tempos- - Já imaginaste como seria um filho nosso? A pergunta dele ecoa pelo quarto. Por vezes, não sei como é capaz de me dizer estas coisas, com uma facilidade que me desarma. - Sabes que não penso nisso... - acabo por lhe dizer. Sinto o seu rosto junto ao meu e o seu cheiro deixa-me inebriada. - Seria forte... Uma força da natureza. - Irascível como tu. Ele sorri. - Mas doce como a mãe. Beijo-lhe a face - Teria os teus olhos? - Não... teria os teus grandes e bonitos olhos. - Não... não me digas que iria herdar de ti o mau feitio. Ele solta uma gargalhada. - Mas...ouvir-te-ia. Nunca pensei em ter filhos. E, apesar de o amar, nunca pensei nessa possibilidade. Permanecemos juntos como se tudo ...