Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti

Quando nos apercebemos das atitudes incorrectas dos outros podemos ter duas posturas: apenas criticar e maldizer ou olharmos para nós próprios e questionar-mo-nos se éramos capazes de fazer o mesmo. Eu preferia que todos fôssemos capazes de adoptar a segunda opção como estilo de vida. Se tivermos essa capacidade de auto-análise temos tudo para nos tornarmos melhores seja com os outros seja connosco próprios. Acredito que uma das coisas que mais falta faz a todos nós que aqui andamos é auto análise, porque quem é capaz de olhar para dentro de si e tem o discernimento de perceber o que fez ou o que tem intenção de fazer pode, com toda a certeza, não magoar os outros nem a ele próprio.

No entanto, para ter essa clareza de espírito e saber parar quando é necessário, também é preciso ter valores humanos. Saber a diferença entre o amor e o ódio, a prisão e a liberdade, a ternura e a violência, o respeito e o medo. Ter sempre a consciência de que aquilo que pode ser bom para nós próprios, pode ser prejudicial para alguém. Isso, sim, é o mais importante.

Seja por crescer ou por a minha visão daquilo que me rodeia estar a mudar, a verdade é que aqueles que não conseguem olhar para si e verem que são um erro completo começam-me a pôr de cabelos em pé. Como se costuma dizer faz-me “muita espécie” que as pessoas continuem a querer ser o centro das atenções e agregar em si toda a razão. Pessoas obtusas tiram-me do sério.

Na realidade, aquilo que acontece é que essas pessoas são sozinhas. Quem é incapaz de mudar  de opinião e de comportamento é porque também é incapaz de fazer uma auto análise. E essas pessoas acabam sempre por ficar sozinhas. Elas acabam por absorver todo o esforço de quem está ao seu redor. Esforço que os restantes fazem para conseguir lidar com obtusos. Tal como um pano seco que absorve toda a água que caiu sobre a mesa. Fica-se seco. Seco de afecto para demonstrar, de palavras para proferir, de espaço mental para a compreensão. Tudo porque essas pessoas obtusas nunca tiveram a dignidade de olhar para elas próprias.


Não é preciso demasiado. Ao longo da nossa existência, sempre que for necessário tomar uma decisão ou uma atitude, basta pensar e colocar-nos, sempre, a questão: será que também gostaria de que me fizessem ou dissessem o mesmo?

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