A ignorância é sagrada

Os cínicos, os hipócritas e os mentirosos enchem este mundo.

Sai daqui, sarna nojenta que não me largas o pé. Esse teu nojo cobre-me dos pés à cabeça e eu não consigo afastar a minha repulsa daqueles que me comem os princípios. Aqueles que deitam a baixo aquela coisa à qual damos o nome de moral.

Tenho nojo de todos vocês!
Vomito. Inundo o chão daquilo que sou. São como lama que se agarra à minha roupa. Sinto o vosso odor na minha pele. Esse cheiro fétido que me preenche e do qual não me consigo livrar.

A culpa é tua e só tua. Por tudo aquilo em que me fizeste acreditar. Por me teres manipulado tão subitamente, tão suavemente, tão carinhosamente.

A ilusão e a mentira. Quero-as de volta.
A ignorância é sagrada. É aquilo que nos faz sorrir.

Desprezo. Tristeza. Horror. Medo.
Saiam! Saiam daqui, seus porcos imundos que me perseguem! O que querem de mim? Que seja como vós... um animal amestrado. Uma máquina. Uma simples escrava dos vossos desejos.

Não sinto nada. O que é o amor? O que é o ódio? O que é a alegria? O que é a saudade?
Partiram, meus sentimentos nobres?
Regressai.
Por favor, regressai.

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