Onde Estarás, Meu Amor?

Onde estás, meu amor?
Penso em ti todos os dias. Nos momentos em que estou feliz olho para o lado para te contar aquilo que me aconteceu. Ou, então, quando tudo desaba, procuro o teu ombro para aí encostar a minha cabeça. Em ambas as situações aquilo que encontro é o vazio, é a tua ausência. Sim, eu sei que tu não estás aqui. Tu nunca estarás aqui, mas eu sinto-te. Crê-me: eu continuo a sentir-te bem aqui, ao meu lado. Mas, como não te vejo, a primeira questão que surge na minha cabeça é: onde estarás, meu amor?

Estarás com ela?
Estarás com ela sob o sol quente e o tempo húmido dessa linda terra que eu não cheguei a conhecer? Sim... Estarás com ela nessa água límpida, a sorrir, a sentires uma tranquilidade que te deixa a flutuar... A sentires-te feliz.

Porque tu senteste-te feliz, não é certo? 
Sim, sentires-te-ás feliz, com os teus braços cheios dela, com o teu corpo cheio dela, com as tuas mãos cheias dela. Pela maneira como ela te faz sentir... A vontade que tens de estar com ela, de a fazer sentir, da mesma maneira que eu queria que me fizeras sentir. Ai, meu amor, como queria estar no lugar dela. No teu regaço, com as tuas mãos que brincam com os meus coracóis, fazendo-me sentir como se nada estivesse perdido. Como se houvesse esperança. Esperança para o futuro. Um objectivo. O simples objectivo de nos termos um ao outro e assim seguirmos para todo o sempre.

Nunca perderás a esperança nesse teu sorriso. Sabes, às vezes fecho os olhos e vejo-te na minha frente, com esse teu sorriso que te ilumina toda a face. E, depois, seguir-se-ão aquelas tuas palavras que nunca poderei esquecer: tudo vai correr bem.

Agora, estarás com ela, a dizer-lhe que tudo vai correr bem. E eu sei, como eu sei!, que estás onde deves estar. Que estás com quem deves estar. Com quem te completa. Sei bem que nunca te completarei. Serei sempre disforme para com as tuas formas e nunca encaixaremos. Não importa quantas vezes imagine o contrário.

Talvez um dia nos voltaremos a encontrar, num verde prado e num dia onde não exista uma nuvem no céu. Apenas o seu azul nos rodeará. E aí estaremos perdidos num eterno beijo que apenas terminará quando tu me abraçares e me segredares ao ouvido que me amas.

E, aí, eu saberei que já morri. 


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