Uma Humanidade Limitada
Dizendo claramente o que me anda a "bater" na cabeça nos últimos tempos: as pessoas têm medo de mim. Pelo menos têm medo de falar comigo. Disso eu tenho a certeza.
Mas será medo ou sensação de desconforto? Sinceramente não sei. Aquilo que sei e que sinto é tristeza. Para mim quando se constrói uma relação de amizade ou de amor existe confiança. Essa confiança é feita dos momentos em que somos fortes e onde somos fracos. Eu tenho a consciência de que a essência humana é mesmo assim: contraditória. Não somos apenas umas coisa. Somos várias.
O que magoa é o facto de as pessoas pensarem que não me podem dizer certas coisas. Contar situações pelas quais passam porque, de alguma forma, eu não as vou aceitar. No entanto, não sou eu que as tenho de aceitar. Metam na vossa cabeça que eu apenas posso opiniar, se assim o quiserem. Ou, simplesmente, apenas oiço, se assim mo pedirem. Custa-me tentar entender como é que as pessoas têm dificuldade em perceberem isso.

Voltando novamente ao aspecto das relações humanas, é para mim horroroso perceber que as relações nas quais temos o à vontade necessário para falarmos do que fizemos bem, mas também do que fizemos mal, são raras. Creio até que estão escassear.

Eu não. Eu quero ser livre de dizer o que quiser, de contar as asneiras que faço, mas também as boas decisões que tomo. Eu quero ter a liberdade de rir, mas também de chorar quando o fardo é demasiado grande. Quero olhar nos olhos das pessoas e pedir perdão pelos meus erros. Quero estar de braços abertos para quem me pede ajuda. E quero apenas escutar quando assim mo pedem.
Definitivamente, eu não quero ser limitada!
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