Conversas com um hipotético Psicólogo
Pensa um psicólogo, ou pelo menos um que se acha como tal:
"O erro é complicado.
Podem pensar que esta é uma frase simples, repetível por todos, que nada tem de original. Quem sou eu para dizer que ísso é mentira? Ninguém. Nem sei porque tenho de ser invetivo. De arranjar frases bonitas e poéticas para dizer aquilo que todos nós sabemos: o erro é complicado.
Não quer dizer que com ele não venham coisas positivas.
Posso dizer, outra vez, o que toda a gente sabe: a melhor consequência que o erro pode ter é o facto de para a próxima não o repetirmos e aí fazer o correcto.
Desta vez, não quero pensar nisso.
O erro pode trazer coisas positivas, como momentos de felicidade. Sim. É verdade. Dadas a certas decisões que tomamos e que na altura nos parecem mais acertadas, vivemos com elas e somos felizes. Agora que vejo a enormidade do meu erro, sinto que isso é verdade. Mesmo com a má decisão que tomei, fui feliz. Talvez tivesso mesmo que errar, para que nesse mesmo erro sentisse algo de bom. É porque deve ser assim.
Erramos, cansamo-nos, tentamos, desistimos, aceitamos.
É pena que muitos erros não se possam corrigir. Atrás desta tomada de consciência vem o arrependimento. Crucificamo-nos por termos dito, escrito, ou escolhido tal coisa. Queremo-nos fechar em casa, trancar a porta do quarto, deitar-mo-nos, fechar os olhos e apagar. Não sabemos o que fazer.
Até que vêm as memórias. As lembranças daqueles tais momentos em que fomos felizes nesse tal erro.
Isso poderia ser um factor que nos fizesse sorrir, esquecer e seguir em frente.
Surpreendentemente não o é.
Continuamos sem um objectivo.
Apenas continuamos a tentar corresponder às expectativas dos outros. Daqueles que nos relembram todos os dias o quanto errámos, mesmo sem o saberem."
"O erro é complicado.
Podem pensar que esta é uma frase simples, repetível por todos, que nada tem de original. Quem sou eu para dizer que ísso é mentira? Ninguém. Nem sei porque tenho de ser invetivo. De arranjar frases bonitas e poéticas para dizer aquilo que todos nós sabemos: o erro é complicado.
Não quer dizer que com ele não venham coisas positivas.
Posso dizer, outra vez, o que toda a gente sabe: a melhor consequência que o erro pode ter é o facto de para a próxima não o repetirmos e aí fazer o correcto.
Desta vez, não quero pensar nisso.
O erro pode trazer coisas positivas, como momentos de felicidade. Sim. É verdade. Dadas a certas decisões que tomamos e que na altura nos parecem mais acertadas, vivemos com elas e somos felizes. Agora que vejo a enormidade do meu erro, sinto que isso é verdade. Mesmo com a má decisão que tomei, fui feliz. Talvez tivesso mesmo que errar, para que nesse mesmo erro sentisse algo de bom. É porque deve ser assim.
Erramos, cansamo-nos, tentamos, desistimos, aceitamos.
Perceber o que fazemos de mal é importante para obtermos algumas respostas. Assim que tomamos conta das nossas más decisões, das nossas irresponsabilidades e dos nossos erros, colamos as peças do puzzle e temos o retrato claro do que somos.
Até que vêm as memórias. As lembranças daqueles tais momentos em que fomos felizes nesse tal erro.
Isso poderia ser um factor que nos fizesse sorrir, esquecer e seguir em frente.
Surpreendentemente não o é.
Continuamos sem um objectivo.
Apenas continuamos a tentar corresponder às expectativas dos outros. Daqueles que nos relembram todos os dias o quanto errámos, mesmo sem o saberem."
Comentários
Enviar um comentário