Na Tristeza que me Assola
Esfume-se a vida desejada,
Enterra-se a esperança
Aceita-se a vida imposta.
Na tristeza que me assola,
Tu desapareces
Como borboleta que voa para longe,
Como sonho jamais realidade.
Na tristeza que me assola
Acompanhas-me no choro
Com a mesma intensidade do vazio.
Na tristeza que me assola
Não há luz, nem sol,
Sou uma flor que morre na tua sombra,
Na sombra da tua marca
Na sombra do teu gesto
Na sombra da memória das tuas palavras
Que me assolam nesta tristeza.
Na tristeza que me assola
O meu coração é seco
Não me corre sangue nas veias
Apenas ar inócuo.
Na tristeza que me assola
Espero que chegue o fim
Para que finalmente
Possa descansar
E voltar a sonhar.
Na tristeza que me assola,
Caem os anos cheios de nada,
Onde anseio sempre por esse conformismo,
Atormentada por ti,
Por não me sorrires,
Por não me falares,
Por me fugires,
Por não existires...
... Aqui, ao pé de mim,
no meu regaço,
no meu abraço,
Perdido no meu amor sem fim.
Imagem: "Weeping Woman" de Van Gogh.
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