Tempo, para Longe, Leva-me!
Sinto que tudo é uma prisão,
Quando vivo a tua ausência,
Na minha solidão,
Na tua inexistência.
Recordo-te todos os dias,
Na tua postura desprendida,
Nas palavras que me devias,
No teus braços protegida.
Não serei eu o que tu querias?
Por certo, estou longe do que pensarias.
Por Outra esperarias,
Onde, no seu colo, tu morrerias!
Ainda te sinto do meu lado
Como se o tempo não tivesse passado
No meu choro imaculado
No meu amor desinteressado.
Clamo aos Céus por mim e por ti
Para que de uma vez alguém
Me perdoe pelo crime que cometi
De te amar como ninguém...
Dói-me o peito carregado de angústia,
Por não mais te vislumbrar.
Cabe-me esta pura modéstia
De ao longe te amar.
Mas, pergunto como tanto me tiveste enganada,
Iludida pelos teus belos ditos,
Com os teus gestos fascinada,
Perdida nos teus olhos eruditos!
Olhos que tanto me acalentaram,
Como se a mim me quisessem,
Que tanto me disseram
Como se de mim dependessem.
De não poder compreender
Este sentimento avassalador
Do qual não me posso defender.
Tempo, para longe, leva-me!
Leva-me deste Tormento
Tempo, para Longe, leva-me!
Nas tuas asas, Oh! Sofrimento!
Gostei muito do poema! É cheio de sentimento :)
ResponderEliminarhttps://escritosdemartasousa.blogspot.com/
Obrigada :)
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