Um Pouco de Tudo, Desproporcional é que não!

Somos feitos um pouco de tudo.
Amor, ódio, raiva, carinho, fraqueza, persistência. Afinal de contas é isso que nos torna humanos. 
A solidão também faz parte de nós. É precisa para que consigamos sobreviver, para que sejamos capazes de viver com os outros. Como é que podemos ser verdadeiros com quem está à nossa volta, se não nos conhecemos? O problema é que é difícil estar sozinho e aceitar isso. 

Se tomarmos a iniciativa de sair onde estamos todos os dias e nos afastarmos por alguns momentos, tudo pode ser diferente. Basta livrar-mo-nos, por algum tempo, daquilo que nos consome. O que nos parecia impossível é agora visto como algo que pode ter solução. Pode não ser aquela que idealizámos, mas pode ser aquela que nos vai tirar de um impasse, seja ele profissional ou pessoal. 

O pior são mesmo os impasses. Quando não temos nenhum objectivo, quando questionamos tudo o que fazemos e tudo o que somos, às vezes muito por causa das pessoas. E é aqui que chego ao cerne da questão. Nós somos feitos de tudo, é certo. O pior é que há pessoas que conseguem  ser desproporcionais, ou seja, os aspectos negativos são em muito maior número do que os positivos. E, normalmente, são mesmo essas que nos criam empecilhos e nos põem a pedra no meio do caminho. Quem nunca teve que lidar com esse tipo de seres humanos, o choque é grande. É quase como se um raio nos caísse em cima. Ficamos petrificados. Parados. Imobilizados. Feridos. Meio mortos meio vivos. 
É necessário reagir? Sim. A cada segundo. Recuperar a cada minuto. Voltar à nossa consciência a cada hora que passe. É pena que as coisas demorem mais tempo a concretizar-se. Mas o que importa é que elas aconteçam. Seja mais tarde ou mais cedo, conseguimos mover o dedo do pé, depois outros dedos, a seguir todo o pé e conseguimos sair de onde estamos. 

Arranjamos uma saída, traçamos um mapa e definimos o nosso destino. O que importa é seguir. Se vamos lá chegar não sabemos. Se vamos conseguir encontrar o caminho certo, também não podemos ter essa certeza. Mas o que importa é seguir, seja para qual for a direcção ou a forma de lá chegar. 

Se queres escrever, escreve. Se queres estudar, estuda. Se queres cantar, canta. Se queres os teus direitos, luta por eles. Se queres amar, ama. Se queres odiar, odeia. Se te queres preocupar, preocupa-te. Se queres ser persistente, então não desistas. Se queres ser uma pessoa melhor, então tenta. Define aquilo que queres, sabendo que não estás sempre sozinho. Se não fores desproporcional então sabes que aqueles que te preenchem pela sua simplicidade, pela sua disponibilidade, pelo seu carácter verdadeiro, estão contigo. Eles são os teus grandes amigos.   

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