Eternamente Só
Mais uma vez, ela mexia a cabeça. Primeiro para o lado direito, depois para o lado esquerdo. Mas a dor continuava lá... Aquela maldita dor no pescoço. " Deve ser muscular ", pensou ela. Apesar de a dor ser incomodativa, pelo menos era nova... Algo que lhe roubava um pouco da sua atenção e isso até que não era mau de todo. Agora, a dor parecia menos evidente. E tudo voltava à sua cabeça. Muitas vezes ela perguntava-se se existiam mais pessoas como ela. Mas, logo, ela desejava que não o houvesse. Que tristeza seria se isso fosse verdade... Se exitessem mais pessoas como ela. Não. Ela desejava do fundo do coração que isso não fosse verdade. Ela desejava que fosse a única. Que tristeza seria se o mundo tivesse mais inadaptados, infelizes e frustrados como ela! Isso seria terrível, por isso era melhor nem sequer equacionar isso. Todos os dias ela sentia-se prisioneira de uma realidade que não era a dela. Todos os dias ela sentia-se prisioneira daquilo que ela ...