A história da rapariga sentada no Café
Na mesa de um café, outros falam, ela finge que ouve.
Só pensa:
"Espero que acabe... Vou contar os meses, os dias, as horas. Quando terminas?
Conhecer as pessoas torna a minha essência triste. Quero voltar a ser ignorante. Não conhecer aquilo que me rodeia, aqueles que estão ao meu lado.
Tornei-me igual a eles.
Sou fraca.
É complicado ter consciência.
Ser vazia e sorrir. Quero ser assim.
Não pensar, não ponderar, não reflectir, nem sentir.
Um autómato a sorrir. Sim! Quero ser isso. Estar programada para qualquer conversa e ser telecomandada. Não ter vontade própria e não conhecer os enganos, as jogadas maliciosas, o egoísmo. Mas também não quero saber o que são princípios, a ética, a honestidade, ideais.
Quero ser um boneco. Sim... Um boneco manipulado por outros, mas que não sabe o que faz porque não tem cérebro. Não! Afinal é mesmo isso: não quero ter cérebro. Não quero ser consciente. Nem quero sonhar, nem imaginar.
Quero ser vazia, sem sentimentos. Não conhecer a mentira, nem a verdade. Não sentir amor, nem ódio. Sem desilusões, nem ilusões. Nem implorar por paciência, porque nem conheço a desmotivação.
Afinal, o que estou para aqui a dizer?".
Continua com perguntas, que coloca a si mesma. Continuam a falar. Tenta sorrir, mas nada percebe do que lhe está a ser dito. Mil pensamentos lhe passam pela cabeça.
São apenas parvoíces de alguém que só quer que a tristeza que traz dentro de si, simplesmente deixe de existir. Alguém que se quer tornar imune às desilusões que sofre todos os dias. Que quer ser livre, sem responder a obrigações hediondas, as quais sempre se imaginou a recusar. Que quer controlar as saudades que tem de ser feliz. As saudades dele. Colmatar a falta daqueles que ama e que não estão consigo. Alguém que por detrás do seu sorriso, escorre uma lágrima. Uma lágrima por aquilo que não foi, por aquilo que não é e por aquilo que não vai chegar a ser.
Ela fecha os olhos. Sente a brisa que lhe bate na pele.
Não vê nada, pára de pensar. Apenas sente.
Por breves segundos, descansa.
Antes de nos próximos tempos continuar a sentir a falta de alguém.
Antes de nos próximos anos lhe continuem a apontar erros.
Antes de se voltar a esconder na sua solidão.
Ela agora descansa.
Por breves segundos...
Antes que uma voz a chame de volta e a faça abrir os olhos para a realidade imunda à sua volta. Nos primeiros segundos continua a não ouvir o que lhe é dito.
Apenas permanece a Saudade.
Só pensa:
"Espero que acabe... Vou contar os meses, os dias, as horas. Quando terminas?
Conhecer as pessoas torna a minha essência triste. Quero voltar a ser ignorante. Não conhecer aquilo que me rodeia, aqueles que estão ao meu lado.
Tornei-me igual a eles.
Sou fraca.
É complicado ter consciência.
Ser vazia e sorrir. Quero ser assim.
Não pensar, não ponderar, não reflectir, nem sentir.
Um autómato a sorrir. Sim! Quero ser isso. Estar programada para qualquer conversa e ser telecomandada. Não ter vontade própria e não conhecer os enganos, as jogadas maliciosas, o egoísmo. Mas também não quero saber o que são princípios, a ética, a honestidade, ideais.
Quero ser um boneco. Sim... Um boneco manipulado por outros, mas que não sabe o que faz porque não tem cérebro. Não! Afinal é mesmo isso: não quero ter cérebro. Não quero ser consciente. Nem quero sonhar, nem imaginar.
Quero ser vazia, sem sentimentos. Não conhecer a mentira, nem a verdade. Não sentir amor, nem ódio. Sem desilusões, nem ilusões. Nem implorar por paciência, porque nem conheço a desmotivação.
Afinal, o que estou para aqui a dizer?".
Continua com perguntas, que coloca a si mesma. Continuam a falar. Tenta sorrir, mas nada percebe do que lhe está a ser dito. Mil pensamentos lhe passam pela cabeça.
São apenas parvoíces de alguém que só quer que a tristeza que traz dentro de si, simplesmente deixe de existir. Alguém que se quer tornar imune às desilusões que sofre todos os dias. Que quer ser livre, sem responder a obrigações hediondas, as quais sempre se imaginou a recusar. Que quer controlar as saudades que tem de ser feliz. As saudades dele. Colmatar a falta daqueles que ama e que não estão consigo. Alguém que por detrás do seu sorriso, escorre uma lágrima. Uma lágrima por aquilo que não foi, por aquilo que não é e por aquilo que não vai chegar a ser.
Ela fecha os olhos. Sente a brisa que lhe bate na pele.
Não vê nada, pára de pensar. Apenas sente.
Por breves segundos, descansa.
Antes de nos próximos tempos continuar a sentir a falta de alguém.
Antes de nos próximos anos lhe continuem a apontar erros.
Antes de se voltar a esconder na sua solidão.
Ela agora descansa.
Por breves segundos...
Antes que uma voz a chame de volta e a faça abrir os olhos para a realidade imunda à sua volta. Nos primeiros segundos continua a não ouvir o que lhe é dito.
Apenas permanece a Saudade.
Não estás sozinha!! Anima-te, pá! =P
ResponderEliminarTirando isso, gostei muito do texto lol
Beijinhos
É a dor do crescimento, Helena.
ResponderEliminarBeijos
Obrigada plos comentários, que apenas vi hoje! uma grande beijinho**
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