Vulnerável III
As notícias foram circulando em catadupa. As pessoas protestavam, faziam patrulhas, o jornal estava em polvorosa... Fui percebendo que as coisas se tinham precipitado através dos meus colegas. Eu, agarrada à estúpida secção internacional, não conseguia acompanhar no terreno o que acontecia no país. Uma coisa era certa: tínhamos estado à beira de um outro golpe, mas alguém o teria evitado. Alguns dias depois, não podia crer naquilo que ouvia. Tinha sido ele. Tinha saído com os seus homens e, vai-se lá saber como, tinha conseguido resolver a situação. A preocupação que eu sentia por ele cresceu em demasia e fiquei pregada ao chão. Consegui dissimular junto dos meus colegas que julgavam que éramos amigos de longa data. Na realidade, talvez isso fosse o mais oportuno dizer sobre nós: conheci-o antes da guerra, já no exército enquanto estudava. O seu porte chamava a atenção das raparigas. Todas as que o conheciam ficavam maravilhadas com a sua forma de estar: era gracioso, idealista e,...