Imaginação À Chuva
A chuva que cai incessantemente no seu casaco fá-la lembrar que tem de acelerar o passo. Por vontade dela, ela iria ao seu ritmo, devagar, sem se importar com o tempo, o frio e a chuva. Apenas não quer ficar doente, não lhe dá jeito nenhum. Afinal, ela detesta que alguém repare nela, ainda pra mais se for por estar com o pingo no nariz. Mesmo assim, nem o vento lhe dá a vontade necessária para chegar rápido a casa. Então, ela apenas usa a sua imaginação. Andando nas ruas escuras, a desviar-se das poças de água que estão em todo o lado, alguém a chama. Mas ela não presta atenção. Seria impossível alguém reconhecê-la, o capuz que usa é perfeito para a tornar um completa desconhecida. Não é para mim , ela pensa. Por isso, nem olha. Mas, aquela voz continua a chamá-la e agora ouve passos rápidos. Alguém está a correr atrás de si. Deus. Como é que alguém poderá saber que é ela no meio daquela escuridão? Ela vira-se de repente e para. É ele. É ele que es...