A Obrigação de o Fazer
Quão chata e deprimente pode ser uma vida em que a maioria das coisas que se faz é por obrigação? Esta pergunta surge no meu pensamento mais vezes do que aquelas que queria. Continuo sem obter uma resposta, porque, na verdade, grande parte do dia a dia de uma pessoa é gerido pelas obrigações. Existem ocasiões em que pouco nos importamos com isso. No entanto, existem outras em que não conseguimos parar de nos importar com isso. Principalmente, se não encontrarmos gosto nas coisas que fazem parte do nosso quotidiano. "Como Catarina gostava de ouvir música. Era aquilo que mais gostava de fazer. Escutar música fazia com que ela pudesse sonhar. Imaginar outra vida, ir mais além, estar noutros locais ao mesmo tempo. Era uma das poucas coisas que a levava a esquecer tudo o que estava à sua volta. Porém, essa era uma coisa que não podia fazer sempre que queria. O trabalho não o permitia e muitas vezes as preocupações com que chegava a casa não a deixavam descansar e dar-lhe espa...