Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2015

Posso dizer-te que Gosto de Ti?

Imagem
Posso dizer-te que gosto de ti? Assim, de repente sem estares à espera, sem eu estar à espera... No fundo sem nós os dois estarmos à espera... Posso dizê-lo? Assim de forma simples, mas sincera... Como são todas as coisas que nos saem verdadeiramente do coração... Gosto tanto de ti. Gosto mesmo, sabes? E, ainda para mais, sabes como é este meu amor por ti... É um dos mais fortes e dos mais inesquecíveis... O da amizade. Eu gosto tanto de ti. Basta-me a tua presença. Em todos os silêncios que partilhamos eu também sei que a ti também te basta a minha presença.  Já viste como isto é belo?  Como é belo aquilo que temos...  Como é belo aquilo que construímos...  Como é belo aquilo que sentimos. Por vezes, tenho a impressão de que nem tu sabes o bem que a tua simples, mas marcante, presença me faz... O efeito que tem em mim. Um simples olhar, um simples gesto, um simples toque. Não sabes a calma que isso me dá.  São dos poucos sinais que me fazem estar viva... Que me fazem continuar. Que me

Cicatriz no Sentir

Imagem
Existem alturas em que temos de aceitar o que temos. Há momentos no nosso percurso onde temos de aceitar aquilo que somos. Recordar aquilo que nos fez ser aquilo em que nos tornámos e pensar nisso vezes sem conta. Tantas vezes para que não nos esqueçamos do que somos e porque o somos. Na esperança de que este esforço nos permita chegar ao ponto de isso nos deixar de afectar ou revoltar. Na esperança de que o possamos aceitar definitivamente. A revolta deve ser sentida o mais possível. Repetidamente. Tal e qual como a dor, para que assim nunca dos esqueçamos dela e para que nunca nos esqueçamos de qual o nosso objectivo no tempo que por cá andamos. Não são só as coisas boas que nos mantêm vivos. Sem dúvida de que seria muito melhor se assim fosse. Mas na vida real isso não é assim. É talvez a dor que nos faz amadurecer. Uns mais cedo do que outros. E talvez seja também isso que nos permite estar revoltados. Dificilmente, conseguimos entender porque é que temos de sentir dor. Porque é qu

A Cristalização do Tempo

Imagem
Existem momentos na vida que desejamos repetir. Pela felicidade que sentimos nesses momentos, por nos sentirmos em harmonia, por estarmos bem dispostos, por termos paz. Talvez seja por essas ocasiões serem raras que as tornam especiais, é verdade. Mas quando vivemos momentos que nos enchem de uma alegria que muitas vezes não conseguimos expressar, queremos, inevitavelmente, viver novas situações que nos transmitam o mesmo sentimento. Ou melhor ainda: situações que as superem... Que sejam ainda melhores. Que nos encham ainda mais de boas memórias. Que nos preencham dia após dia, mês após mês, ano após ano.  Ter uma vida plena de boas histórias para contar... E estas vão reinventadas a uma velocidade constante. Por vezes, aqueles que têm essa sorte, a sorte de poder ter experiências ricas que lhes permitem encarar o dia a dia de outra forma, nem dão conta daquilo que tem. Para eles é tão normal estar com quem querem, beber um café quando quiserem, passar um fim de semana fora com a compa

A Permeabilidade da Mudança

Imagem
A mudança é inerente ao ser humano. Isto é um facto. Talvez por ser uma verdade irreversível isso faça com esta seja objecto contínuo de reflexão. Pelo menos da minha parte, pois creio que já não é a primeira vez que escrevo acerca disso no blog. Todos mudamos: seja para pior ou para melhor. É impossível ficarmos com o mesmo feitio e maneira de encarar aquilo que é posto no nosso caminho, desde que formamos a nossa personalidade até morrermos.  Quando nos vão sendo colocados novos desafios, aprendemos sempre algo para que os possamos ultrapassar. E, muitas vezes, é essa aprendizagem que também nos faz mudar. Concerteza que iremos abordar qualquer questão com mais conhecimento. Com mas subterfúgios que nos fazem sobreviver e seguir em frente. Confesso que uma das coisas que mais me deixa intrigada não é o facto da capacidade que o ser humano tem em mudar, mas sim, como é que as mudanças daqueles que  fazem parte de nós – amigos, família – também nos consegue influenciar. Se um amigo nos

O homem à Espera na Plataforma

Imagem
NOTA: Este texto é inspirado no tema "Sitting on a Platform" de James Morrison. Dêem um olho à letra ou oiçam a música antes de lerem o texto. Aqui ficam os links: tema:  https://youtu.be/B9aagI-R6SU letra:  http://letras.mus.br/james-morrison/1341017/traducao.html É no meio da maior confusão onde Júlia se sente melhor... Nos locais por onde passam centenas de pessoas a toda a hora... Talvez por saber que ninguém irá reparar nela, fazer-lhe questões, obrigá-la a dizer algo. Era por isso que tanto gostava de parar pelas estações de comboio. Principalmente, as do centro da cidade, sempre cheias de gente. Não deixa de ser interessante que é nos grandes aglomerados de pessoas que cada um de nós se torna ainda mais invisível. Aí está: essa necessidade de se sentir invisível perante todos os outros levava Júlia a subir até a uma das plataformas da estação e aí sentar-se. Era, precisamente isso, o que agora fazia. Nunca podia estar muito tempo ali, pois teria, mai

A Expectativa de Viver à Espera de Nada

Imagem
A ideia de que estamos continuamente a viver aquilo que nunca sonhamos não deixa de ser angustiante. Até mesmo se já nos habituámos a isso. Viver aquilo que nunca pensámos ser possível... Porém, de uma forma menos positiva. Sonhamos que vamos ser capazes  de ser diferentes do que aquilo que se espera que sejamos...  Mas, de uma maneira ou de outra, acabamos por cair sempre para aquilo que estava à nossa espera. E isso não deixa de ser, também angustiante. No entanto, acredito que aquilo que ainda contribui mais para essa angústia é saber que cada sonho que tivermos não se vai concretizar. Porque, sempre foi assim. Aí decidimos viver sem expectativas. Mas como se pode fazer isso? Viver sem esperar que algo aconteça? Existem uns que esperam eternamente o amor, outros que esperam ficar melhores na vida, outros que esperam ser ricos. Depois existem aqueles que esperam algo mais simples, mas que não deixa de ser fundamental: o convívio com os amigos, ver uma partida de futebol, esperam ir,

O Conforto do Conformismo

Imagem
A sensação de que passámos ao lado de tudo aquilo que nos é natural é frustrante.  É uma frustração connosco mesmos, mas também com os outros. Afinal de contas, nem tudo na vida acontece somente por culpa nossa. E é aí que está o martírio... A procura incessante daqueles ou daquilo que é a causa da nossa frustração.  Porque somos assim?  Porque estamos nesta situação? Porque não podemos ser como os outros?  Ter vivido o mesmo que os outros? A procura contínua das razões que explicam o nosso marasmo, a nossa incapacidade de seguir em frente e de estar em harmonia com a realidade à nossa volta, é desgastante. Mas se somos seres racionais e conscientes como é que poderíamos deixar de fazer esse exercício da procura das causas para determinado comportamento ou realidade? De facto, tudo aquilo que nos acontece tem uma razão. Tem uma origem. Podemos passar ao lado dos factos que explicam aquilo que somos. Mas eles existem, não fossem eles factos. Existe sempre algo que explica o porquê de te