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A mostrar mensagens de dezembro, 2015

O Natal dos Sós

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O Natal é uma época em que todos ouvimos o mesmo: “Desejo muita paz e saúde!” “Tudo de bom para a família” “Divirtam-se” E muito mais. Depois existem os anúncios publicitários, o consumismo, a maluquice das pessoas e a falta de respeito, os acidentes na estrada... E ainda é aquela época em que tudo serve como pretexto para estar com as pessoas, mesmo aquelas que nunca vemos durante o ano, nem fazemos o mínimo esforço para tal acontecer. Amor, ódio, solidariedade, egoísmo, bondade, maldade, a generosidade, o aproveitamento, a alegria e a tristeza. De tudo isto e muito mais se faz o Natal. De aspectos positivos e negativos, como em tudo na vida. Mas, o Natal também é feito de solidão. Não apenas aqueles que não têm ninguém, mas também aqueles que, mesmo com pessoas ao seu redor, se sentem sozinhas... Daqueles que não sabem o que é sentir o calor humano, por vontade própria ou por vontade alheia... O meu pensamento está, também com eles, neste pequeno texto. Quanta mágoa será preciso sent

A Perda do Sentir

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Um dia olhamos para trás e vemos o que nos levou aonde estamos agora. Ficamos tristes ou felizes, dependendo daquilo que temos. Daquilo que conseguimos, ou não, alcançar. É nessa reflexão que ganhamos consciência do que somos. E podemos ou não gostar disso.  Essa consciência pode-nos dizer para mudar.  Ou não. Quando tomamos a decisão consciente de não mudar arcamos com as consequências. Pode  parecer contraditório... Se não gostamos daquilo que somos e somos uns frustrados porque raio de razão não fazemos um esforço para mudar? Fazendo esse repto a nós mesmos as coisas podem correr bem e saímos do abismo onde estamos. Ou não. E se já tivéssemos feito esse esforço e nada aconteceu?  Então é porque a vida levou-nos, inevitavelmente, a onde estamos.  Com esforço ou sem esforço.  A gostar ou não.  É assim. E isso existe. Não apenas a ideia de que somos capazes de mudar tudo aquilo que quisermos. Isso é mentira. Existem mudanças que não acontecem.  E ponto final. Há que aceitar isso e volt

A Prisão do Ponto Sem Retorno

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Quando chegamos a um ponto sem retorno é o mesmo que nos sentirmos presos. A nossa liberdade termina quando deixamos de ter a oportunidade de voltar atrás. Voltar ao ponto de viragem... De viragem porque tem subjacente duas escolhas: a de seguir em frente ou a de recuar. Se ficamos sem essa possiblidade, a de recuar, então só podemos andar para o que está a seguir.  E, às vezes, nem sempre o que vem a seguir é aquilo que queremos. Por isso mesmo estamos presos.  Como reagir perante essa realidade? É impossível que o consigamos fazer sem ressentimento, sem  frustração, sem irritação, sem tristeza. Porque nunca ficamos imunes a esses sentimentos se vamos fazer algo que nunca quisémos. Como se continua a viver se tudo aquilo que se perspectiva nos faz querer parar e recuar? É tal e qual como quando paramos num sinal STOP. Sem dúvida de que se estamos perante este sinal temos de parar. Para depois seguir em frente. Não podemos recuar, apenas seguir em frente. E se não quisermos seguir em f