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A mostrar mensagens de 2015

O Natal dos Sós

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O Natal é uma época em que todos ouvimos o mesmo: “Desejo muita paz e saúde!” “Tudo de bom para a família” “Divirtam-se” E muito mais. Depois existem os anúncios publicitários, o consumismo, a maluquice das pessoas e a falta de respeito, os acidentes na estrada... E ainda é aquela época em que tudo serve como pretexto para estar com as pessoas, mesmo aquelas que nunca vemos durante o ano, nem fazemos o mínimo esforço para tal acontecer. Amor, ódio, solidariedade, egoísmo, bondade, maldade, a generosidade, o aproveitamento, a alegria e a tristeza. De tudo isto e muito mais se faz o Natal. De aspectos positivos e negativos, como em tudo na vida. Mas, o Natal também é feito de solidão. Não apenas aqueles que não têm ninguém, mas também aqueles que, mesmo com pessoas ao seu redor, se sentem sozinhas... Daqueles que não sabem o que é sentir o calor humano, por vontade própria ou por vontade alheia... O meu pensamento está, também com eles, neste pequeno texto. Quanta mágoa será preciso sent

A Perda do Sentir

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Um dia olhamos para trás e vemos o que nos levou aonde estamos agora. Ficamos tristes ou felizes, dependendo daquilo que temos. Daquilo que conseguimos, ou não, alcançar. É nessa reflexão que ganhamos consciência do que somos. E podemos ou não gostar disso.  Essa consciência pode-nos dizer para mudar.  Ou não. Quando tomamos a decisão consciente de não mudar arcamos com as consequências. Pode  parecer contraditório... Se não gostamos daquilo que somos e somos uns frustrados porque raio de razão não fazemos um esforço para mudar? Fazendo esse repto a nós mesmos as coisas podem correr bem e saímos do abismo onde estamos. Ou não. E se já tivéssemos feito esse esforço e nada aconteceu?  Então é porque a vida levou-nos, inevitavelmente, a onde estamos.  Com esforço ou sem esforço.  A gostar ou não.  É assim. E isso existe. Não apenas a ideia de que somos capazes de mudar tudo aquilo que quisermos. Isso é mentira. Existem mudanças que não acontecem.  E ponto final. Há que aceitar isso e volt

A Prisão do Ponto Sem Retorno

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Quando chegamos a um ponto sem retorno é o mesmo que nos sentirmos presos. A nossa liberdade termina quando deixamos de ter a oportunidade de voltar atrás. Voltar ao ponto de viragem... De viragem porque tem subjacente duas escolhas: a de seguir em frente ou a de recuar. Se ficamos sem essa possiblidade, a de recuar, então só podemos andar para o que está a seguir.  E, às vezes, nem sempre o que vem a seguir é aquilo que queremos. Por isso mesmo estamos presos.  Como reagir perante essa realidade? É impossível que o consigamos fazer sem ressentimento, sem  frustração, sem irritação, sem tristeza. Porque nunca ficamos imunes a esses sentimentos se vamos fazer algo que nunca quisémos. Como se continua a viver se tudo aquilo que se perspectiva nos faz querer parar e recuar? É tal e qual como quando paramos num sinal STOP. Sem dúvida de que se estamos perante este sinal temos de parar. Para depois seguir em frente. Não podemos recuar, apenas seguir em frente. E se não quisermos seguir em f

Viver a Fazer o que Não se Quer

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Depois de um dia longo há uma questão que me assola e da qual não me consigo distanciar. Será que somos capazes de passar pela vida a fazer aquilo que não queremos? É estranha a sensação que se tem quando a maioria das pessoas nos dizem para fazer algo. E acabamos por fazer, nem que seja para que os outros nos deixem de aborrecer. Ainda existem aqueles que tomam como dado adquirido que vamos fazer algo e nem perguntam se o queremos fazer. Assumem que é isso que queremos, por isso não pensam sequer que é possível que estejamos a pensar o oposto. Que não queiramos fazer algo... Esse tipo de reacção não me parece incompreensível. Eu consigo racionalizar que isso aconteça... Que as pessoas não conseguem conceber essa hipótese. Como se costuma dizer: não estão nem para aí viradas. Passa-lhes ao lado e eu não condeno isso. Quantas e quantas coisas nos passam ao lado diariamente? Imensas. Aquilo que me pode incomodar é o facto de essas pessoas nos incitarem a fazer algo que não queremos. Ou s

Contradição

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Nunca somos capazes de sentir uma só coisa.  Temos sempre tendência de nos colocarmos perante uma situação e termos vários sentimentos, e, por muitas vezes, contraditórios.  Invejamos aquilo que não temos, mas que também nunca quisemos. Esperamos toda a vida por algo que nunca esperamos ter. Renegamos aquilo que melhor nos faz. Amamos aquilo que odiamos. Odiamos aquilo que amamos, Estamos frustrados mesmo sabendo que somos impotentes para chegar a algo. Queremos fazer algo, quando não podemos fazer mais nada. Queremos parar ao mesmo tempo que queremos continuar. Queremos ter o tempo que desejamos perder. Temos medo daquilo que não queremos conhecer. Queremos esquecer aquilo que nunca somos capazes de apagar da memória.  Porém, não queremos apagar da memória aquilo que nos faz sofrer, porque seríamos diferentes. E, no fundo, nós não queremos ser diferentes, Não queremos, porque não somos capazes. Não somos capazes, porque não tentamos. Não tentamos

A Arte de Gerir Egos

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Gerir egos não é fácil.  Talvez até pudesse ser uma profissão: “Qual é a sua profissão, senhor?”  O outro responde:  “Sou gestor de egos”.  Parece-me um bom ofício... Mais do que um ofício é, de facto, uma arte. Têm de fazer determinada coisa para agradar a A. Não podem tomar outro caminho, senão B fica zangado. Deve-se elogiar C, porque precisa de se sentir o melhor do mundo. E assim ficam. A pôr paninhos quentes em tudo o que fazem sempre em prol dos caprichos do outro.   Podem tomar essas opções de vida se dependerem, por alguma razão, desse outro. E têm de aguentar. Pena é que, por vezes, esses “gestores de egos” sejam tratados como animais de estimação.  Pensa o supra-sumo: “Ah! O menino D tratou-me bem. Merece uma recompensa. Vou dar-lhe uma  festinha.” Ou então: “Ah! Como eu gosto desses elogios, menino E. Acho que merece um biscoito!” E assim se estabelecem relações. É certo que este tipo de relações apenas existem por culpa de ambos os lados. Não podemos desculpar os gestores

Reféns de Si Mesmos

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A forma como comunicamos com os outros diz muito de nós mesmos. Por vezes, pode até ser uma maneira de nos descobrirmos. E aí podemos encontrar boas ou más características. Depois, temos de lidar com elas. Perante uma situação em que alguém precisa de nós, é na forma como falamos em que se pode denotar se estamos ou não à vontade com o outro, se gostamos ou não do outro, se somos ou não sinceros. É certo que podemos sempre mentir, mas ou temos um grande auto controlo ou então é fácil de perceber que não estamos a ser verdadeiros. Essa verdade, em certas alturas, vem ao de  cima pela nossa postura, pela forma como sorrimos ou por um outro “tique” qualquer que tenhamos e que só nós ou alguém que nos conhece muito bem consegue identificar. Por isso, podemos ouvir tantas vezes aquelas frases feitas, como por exemplo, “tu a mim não me enganas”, “não tens jeito nenhum para mentir” ou “não estás a dizer tudo. O que se passa?”.  Também é nestas pequenas coisas em que nos podemos aperceber da n

Sobreviver à Margem da Vida

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Existem pessoas que aparecem na nossa vida para terem um determinado papel. No sentido em que estão presentes numa altura em que não temos mais ninguém. Podemos até ter outras pessoas, mas, de facto, essas têm um papel diferente... Talvez essas pessoas que aparecem ganhem até outra relevância. É essa importância que imputamos a alguém que nos pode toldar o pensamento. Ou até aquilo que sentimos. A pessoa ganha uma outra dimensão. É como se a pessoa crescesse de repente... Começa a ocupar um espaço maior na nossa vida. E como isso é bom... Como isso é maravilhoso, principalmente se esse alguém oferecer algo de novo ou preencher um vazio dentro de nós. É óptimo! Sentimos que somos humanos outra vez. Sentimos que importamos para alguém. Possas! Senti-mo-nos amados. E isso é tão bom! Afinal de contas quem é que não gosta de se sentir amado? O ser humano nasceu para ser amado e amar. Quando, finalmente, consegue ter um pouco disso, sente-se completo. É por esses momentos de

A Consciência do Inconsciente

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Perguntaram-lhe o que é que ela queria da vida. Ela não sabia. Apenas tinha a certeza de que não queria aquilo que tinha.  Ao responder isto questionaram-lhe se ela não tinha nada na sua vida que ela quisesse manter. Aí ela também não demorou a responder, tal como quando lhe fizeram a primeira pergunta: "as pessoas de quem mais gosto queria que estivessem sempre comigo mesmo que a minha vida mudasse por completo".  Foi a resposta dela.  Rápida.  Incisiva.  Sincera. Porque razão é que uma pessoa como ela, jovem e com tudo pela frente, se sentia tão impotente e não se conseguia desfazer disso? Agarrar na coragem que ainda lhe restava e ser diferente? Agir... Aí ela não quis dar qualquer resposta. O seu olhar ficava ainda mais triste. Dava impressão de que ela desejava que tudo fosse distinto, mas nada fazia para que isso acontecesse. Ela comportava-se como se aquele fosse um destino que tinha de cumprir.  Estar sempre a levar pancada. Talvez fosse o f

Posso dizer-te que Gosto de Ti?

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Posso dizer-te que gosto de ti? Assim, de repente sem estares à espera, sem eu estar à espera... No fundo sem nós os dois estarmos à espera... Posso dizê-lo? Assim de forma simples, mas sincera... Como são todas as coisas que nos saem verdadeiramente do coração... Gosto tanto de ti. Gosto mesmo, sabes? E, ainda para mais, sabes como é este meu amor por ti... É um dos mais fortes e dos mais inesquecíveis... O da amizade. Eu gosto tanto de ti. Basta-me a tua presença. Em todos os silêncios que partilhamos eu também sei que a ti também te basta a minha presença.  Já viste como isto é belo?  Como é belo aquilo que temos...  Como é belo aquilo que construímos...  Como é belo aquilo que sentimos. Por vezes, tenho a impressão de que nem tu sabes o bem que a tua simples, mas marcante, presença me faz... O efeito que tem em mim. Um simples olhar, um simples gesto, um simples toque. Não sabes a calma que isso me dá.  São dos poucos sinais que me fazem estar viva... Que me fazem continuar. Que me

Cicatriz no Sentir

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Existem alturas em que temos de aceitar o que temos. Há momentos no nosso percurso onde temos de aceitar aquilo que somos. Recordar aquilo que nos fez ser aquilo em que nos tornámos e pensar nisso vezes sem conta. Tantas vezes para que não nos esqueçamos do que somos e porque o somos. Na esperança de que este esforço nos permita chegar ao ponto de isso nos deixar de afectar ou revoltar. Na esperança de que o possamos aceitar definitivamente. A revolta deve ser sentida o mais possível. Repetidamente. Tal e qual como a dor, para que assim nunca dos esqueçamos dela e para que nunca nos esqueçamos de qual o nosso objectivo no tempo que por cá andamos. Não são só as coisas boas que nos mantêm vivos. Sem dúvida de que seria muito melhor se assim fosse. Mas na vida real isso não é assim. É talvez a dor que nos faz amadurecer. Uns mais cedo do que outros. E talvez seja também isso que nos permite estar revoltados. Dificilmente, conseguimos entender porque é que temos de sentir dor. Porque é qu

A Cristalização do Tempo

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Existem momentos na vida que desejamos repetir. Pela felicidade que sentimos nesses momentos, por nos sentirmos em harmonia, por estarmos bem dispostos, por termos paz. Talvez seja por essas ocasiões serem raras que as tornam especiais, é verdade. Mas quando vivemos momentos que nos enchem de uma alegria que muitas vezes não conseguimos expressar, queremos, inevitavelmente, viver novas situações que nos transmitam o mesmo sentimento. Ou melhor ainda: situações que as superem... Que sejam ainda melhores. Que nos encham ainda mais de boas memórias. Que nos preencham dia após dia, mês após mês, ano após ano.  Ter uma vida plena de boas histórias para contar... E estas vão reinventadas a uma velocidade constante. Por vezes, aqueles que têm essa sorte, a sorte de poder ter experiências ricas que lhes permitem encarar o dia a dia de outra forma, nem dão conta daquilo que tem. Para eles é tão normal estar com quem querem, beber um café quando quiserem, passar um fim de semana fora com a compa

A Permeabilidade da Mudança

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A mudança é inerente ao ser humano. Isto é um facto. Talvez por ser uma verdade irreversível isso faça com esta seja objecto contínuo de reflexão. Pelo menos da minha parte, pois creio que já não é a primeira vez que escrevo acerca disso no blog. Todos mudamos: seja para pior ou para melhor. É impossível ficarmos com o mesmo feitio e maneira de encarar aquilo que é posto no nosso caminho, desde que formamos a nossa personalidade até morrermos.  Quando nos vão sendo colocados novos desafios, aprendemos sempre algo para que os possamos ultrapassar. E, muitas vezes, é essa aprendizagem que também nos faz mudar. Concerteza que iremos abordar qualquer questão com mais conhecimento. Com mas subterfúgios que nos fazem sobreviver e seguir em frente. Confesso que uma das coisas que mais me deixa intrigada não é o facto da capacidade que o ser humano tem em mudar, mas sim, como é que as mudanças daqueles que  fazem parte de nós – amigos, família – também nos consegue influenciar. Se um amigo nos

O homem à Espera na Plataforma

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NOTA: Este texto é inspirado no tema "Sitting on a Platform" de James Morrison. Dêem um olho à letra ou oiçam a música antes de lerem o texto. Aqui ficam os links: tema:  https://youtu.be/B9aagI-R6SU letra:  http://letras.mus.br/james-morrison/1341017/traducao.html É no meio da maior confusão onde Júlia se sente melhor... Nos locais por onde passam centenas de pessoas a toda a hora... Talvez por saber que ninguém irá reparar nela, fazer-lhe questões, obrigá-la a dizer algo. Era por isso que tanto gostava de parar pelas estações de comboio. Principalmente, as do centro da cidade, sempre cheias de gente. Não deixa de ser interessante que é nos grandes aglomerados de pessoas que cada um de nós se torna ainda mais invisível. Aí está: essa necessidade de se sentir invisível perante todos os outros levava Júlia a subir até a uma das plataformas da estação e aí sentar-se. Era, precisamente isso, o que agora fazia. Nunca podia estar muito tempo ali, pois teria, mai

A Expectativa de Viver à Espera de Nada

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A ideia de que estamos continuamente a viver aquilo que nunca sonhamos não deixa de ser angustiante. Até mesmo se já nos habituámos a isso. Viver aquilo que nunca pensámos ser possível... Porém, de uma forma menos positiva. Sonhamos que vamos ser capazes  de ser diferentes do que aquilo que se espera que sejamos...  Mas, de uma maneira ou de outra, acabamos por cair sempre para aquilo que estava à nossa espera. E isso não deixa de ser, também angustiante. No entanto, acredito que aquilo que ainda contribui mais para essa angústia é saber que cada sonho que tivermos não se vai concretizar. Porque, sempre foi assim. Aí decidimos viver sem expectativas. Mas como se pode fazer isso? Viver sem esperar que algo aconteça? Existem uns que esperam eternamente o amor, outros que esperam ficar melhores na vida, outros que esperam ser ricos. Depois existem aqueles que esperam algo mais simples, mas que não deixa de ser fundamental: o convívio com os amigos, ver uma partida de futebol, esperam ir,

O Conforto do Conformismo

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A sensação de que passámos ao lado de tudo aquilo que nos é natural é frustrante.  É uma frustração connosco mesmos, mas também com os outros. Afinal de contas, nem tudo na vida acontece somente por culpa nossa. E é aí que está o martírio... A procura incessante daqueles ou daquilo que é a causa da nossa frustração.  Porque somos assim?  Porque estamos nesta situação? Porque não podemos ser como os outros?  Ter vivido o mesmo que os outros? A procura contínua das razões que explicam o nosso marasmo, a nossa incapacidade de seguir em frente e de estar em harmonia com a realidade à nossa volta, é desgastante. Mas se somos seres racionais e conscientes como é que poderíamos deixar de fazer esse exercício da procura das causas para determinado comportamento ou realidade? De facto, tudo aquilo que nos acontece tem uma razão. Tem uma origem. Podemos passar ao lado dos factos que explicam aquilo que somos. Mas eles existem, não fossem eles factos. Existe sempre algo que explica o porquê de te

Capas Feitas de Fardos

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Ela já não sabia quantas capas tinha sobre si. Usava tantas, com tantas pessoas e em tantas situações. Sempre. Ela estava sempre com essas capas sobre os seus ombros. E agora sentia-se demasiado pesada. Não é que se sentisse alguma vez completamente livre do peso dessas capas, mas, até há bem pouco tempo, tudo era mais suportável. No entanto, com o passar dos anos as coisas ficaram diferentes. O fardo tornou-se cada vez maior e, pela primeira vez na sua vida, ela não sabia como lidar com isso. Apenas tinha uma certeza: tinha de aguentar. Desistir não era opção. Ela era demasiado fraca para mudar, para mandar tudo às urtigas e começar tudo de novo.  Para começar tudo de novo, ela própria também tinha de nascer de novo e aí sim fazer tudo de forma diferente porque, com toda a certeza, o que teria à sua volta seria distinto do que aquilo que tem hoje. Talvez fosse por isso que ela gostasse tanto de imaginar que tinha tido outras vidas. Não tantas como dizem que um gato tem, mas pelo

O Fatalismo das Decisões

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A vida é feita de decisões. Passamos o tempo a fazer escolhas: em virar à esquerda ou à direita; se vamos em frente ou recuamos; se falamos ou calamos as palavras; se entramos em qualquer lado ou ficamos cá fora... Um sem fim de decisões grandes ou pequenas que temos de tomar todos os dias. É cansativo. Pode não parecer, mas, por vezes, chega a ser maçador. Posso dizer com toda a certeza de que estou cansada de tomar essas decisões. Mais do que isso. Estou cansada de pensar. Sim, porque para decidir por alguma coisa devemos pensar. Eu, pelo menos, farto-me de pensar antes de escolher a minha próxima acção.  Em diferentes ocasiões já ouvi as famosas frases: "pensar em demasia dá mau resultado"ou "devemos fazer aquilo que nos vem à cabeça". Confesso que me custa admitir isto, mas começo a acreditar que não há pensamentos mais correctos do que estes. Pensamentos ou formas de estar na vida, como lhe quiserem chamar.  Quantos de nós não temos aquele amigo que

O Julgamento de Nós Mesmos

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Passamos a vida a julgar aquilo que vemos, aquilo que conhecemos, aquilo que desconhecemos, o que ouvimos, o que não ouvimos, o que amamos, o que odiamos, os defeitos, os feitios, os outros... A tentação de avaliar aquilo com que nos deparamos parece ser intrínseca ao ser humano. Não estamos bem se não comentarmos algo, seja importante ao não. Estamos constantemente a emitir juízos de valor.  Se pensarmos em palavras como "julgar", "avaliar", "juízos de valor", aquilo que nos vem à cabeça é sempre negativo. Porém, eu também gosto de pensar nestas palavras como algo de positivo. Até porque, acredito que seria muito proveitoso se nos julgássemos a nós próprios da mesma maneira que julgamos o outro. Avaliar quem somos, as nossas atitudes, aquilo que fazemos no nosso dia, deveria, também, fazer parte do ser humano. No entanto, é com alguma tristeza que vejo como por vezes usamos a nossa racionalidade da pior forma possível. Somos capazes de aponta